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TERROR
Karzai acusa Al Qaeda e Taleban e diz que seu governo não corre perigo
Afeganistão detém 7 por atentados
DA REDAÇÃO
Autoridades afegãs interrogaram ontem ao menos sete suspeitos de participar de dois atentados anteontem, um contra o presidente do Afeganistão, Hamid
Karzai, e outro com um carro-bomba, que matou 26 pessoas.
Karzai culpou a rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden, e
seus aliados do Taleban pelos ataques, que intensificaram temores
de uma onda de violência no primeiro aniversário dos atentados
em Nova York e no Pentágono.
Mas ele afirmou que não tinha
planos de tomar medidas adicionais de segurança apesar da tentativa de assassinato contra ele em
Candahar, considerada o principal reduto de extremistas islâmicos no Afeganistão. "Os que planejaram [os ataques" são da Al
Qaeda ou do Taleban. Eles sabiam
que era o dia certo", disse Karzai
em Cabul, referindo-se ao casamento de seu irmão, motivo pelo
qual ele estava em Candahar.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de pedir proteção adicional, ele disse: "Não, de forma
nenhuma. Já passei por isso antes.
Fui atingido três vezes quando
combatíamos os soviéticos".
Segundo ele, os atentados não
representam uma ameaça a seu
governo. "Esses incidentes não
indicam nenhum problema. Foram realizados por terroristas de
forma isolada. Isso significa que
eles não são mais capazes de se
mobilizar como grupos, então
agem individualmente."
Um funcionário do governo em
Candahar disse que seis homens
haviam sido presos em conexão
com o atentado contra Karzai.
Os seis estavam armados quando foram detidos do lado de fora
da residência do governador de
Candahar, Gul Agha Sherzai, depois que dois outros homens abriram fogo contra o carro de Karzai,
afirmou. Três homens morreram
no tiroteio que se seguiu ao ataque, incluindo os dois atiradores,
segundo autoridades que também disseram que um soldado
americano da equipe de seguranças de Karzai ficou ferido.
Segundo relatos iniciais, apenas
um homem havia atirado.
Segundo o secretário de Ahmad
Wali Karzai, irmão do presidente,
"eles são afegãos de Candahar".
Em Cabul, o ministro do Interior, Taj Mohamad Wardak, disse
que autoridades prenderam o
motorista de um táxi que explodiu na capital pouco antes do ataque a Karzai. "As investigações
estão em curso. Ele ainda não disse nada que indique que ele tenha
tido qualquer ligação com as explosões", afirmou, acrescentando
que a explosão havia matado 16
pessoas e ferido mais de 150.
Simon Ryan, porta-voz da força
internacional de segurança em
Cabul, liderada no momento pela
Turquia, disse que o número oficial de mortos era de 26.
Segundo a polícia, a explosão do
táxi de Cabul foi precedida por
uma pequena explosão, cujo objetivo aparente era atrair pessoas
para a rua onde estava o carro.
A explosão foi o pior ataque na
capital desde que Karzai assumiu
seu cargo. Em julho, autoridades
descobriram um carro cheio de
explosivos e prenderam um estrangeiro que estaria conspirando
para assassinar líderes afegãos.
O vice-presidente Abdul Haji
Qadir foi alvo de um atentado em
julho e o ministro do Turismo
Abdul Rahman foi morto em um
aeroporto em fevereiro em Cabul.
O governo dos EUA expressou
apoio ao presidente afegão. "O
mundo precisa tirar o chapéu para Karzai, por sua força, determinação e coragem", disse Ari Fleischer, porta-voz da Casa Branca.
O Conselho de Segurança da
ONU condenou os ataques "nos
termos mais fortes possíveis".
Com agências internacionais
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