São Paulo, sexta-feira, 07 de setembro de 2007

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TERROR

Atentado contra presidente da Argélia mata 16 pessoas

DA REDAÇÃO

A explosão de uma bomba em meio à multidão que aguardava a chegada do presidente argelino matou pelo menos 16 pessoas e feriu 74 ontem. O ataque ocorreu em frente à mesquita de Al Atik, na cidadezinha de Batna, cerca de 45 minutos antes da hora prevista para a chegada do presidente Abdelaziz Bouteflika, a quem o atentado provavelmente era dirigido. Era a última parada da viagem ao leste do país.
A polícia diz ter sido alertada sobre o comportamento estranho de um homem que aparentava ter entre 30 e 35 anos. Quando os agentes se aproximaram, ele teria tentado escapar atirando a mochila, detonando a explosão. Os policiais não têm certeza se o terrorista se feriu.
Nenhuma organização reclamou a autoria do atentado. Bouteflika, que chegou à cidade pouco depois da explosão, responsabilizou radicais islâmicos. Eles estariam tentando sabotar os esforços de reconciliação que buscam pôr fim à luta entre o Exército e grupos que defendem um Estado islâmico. "Atos terroristas nada têm em comum com os nobres valores do islã", disse.
O presidente, que ofereceu anistia aos insurgentes que entregassem as armas, afirmou que o país continua comprometido com a paz. "Essa reconciliação, que não exclui ninguém", é parte de "um esforço para a reconstrução da Argélia, porque sem estabilidade política não haverá desenvolvimento econômico ou social".
O país enfrenta insurgência desde 1992, quando um golpe militar impediu a vitória da Frente Islâmica de Salvação nas eleições legislativas. Cerca de 200 mil pessoas morreram no conflito civil. A violência generalizada diminuiu, mas atentados terroristas ainda são comuns. Em abril, uma organização que se diz o braço da Al Qaeda no norte da África assumiu a autoria de um atentado que matou dezenas de pessoas. O presidente da França -ex-metrópole da Argélia- condenou ontem o "bárbaro" ataque.


Com agências internacionais

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