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TERROR
Atentado contra presidente da Argélia mata 16 pessoas
DA REDAÇÃO
A explosão de uma bomba
em meio à multidão que
aguardava a chegada do presidente argelino matou pelo
menos 16 pessoas e feriu 74
ontem. O ataque ocorreu em
frente à mesquita de Al Atik,
na cidadezinha de Batna,
cerca de 45 minutos antes da
hora prevista para a chegada
do presidente Abdelaziz
Bouteflika, a quem o atentado provavelmente era dirigido. Era a última parada da
viagem ao leste do país.
A polícia diz ter sido alertada sobre o comportamento
estranho de um homem que
aparentava ter entre 30 e 35
anos. Quando os agentes se
aproximaram, ele teria tentado escapar atirando a mochila, detonando a explosão.
Os policiais não têm certeza
se o terrorista se feriu.
Nenhuma organização reclamou a autoria do atentado. Bouteflika, que chegou à
cidade pouco depois da explosão, responsabilizou radicais islâmicos. Eles estariam
tentando sabotar os esforços
de reconciliação que buscam
pôr fim à luta entre o Exército e grupos que defendem
um Estado islâmico. "Atos
terroristas nada têm em comum com os nobres valores
do islã", disse.
O presidente, que ofereceu
anistia aos insurgentes que
entregassem as armas, afirmou que o país continua
comprometido com a paz.
"Essa reconciliação, que não
exclui ninguém", é parte de
"um esforço para a reconstrução da Argélia, porque
sem estabilidade política não
haverá desenvolvimento
econômico ou social".
O país enfrenta insurgência desde 1992, quando um
golpe militar impediu a vitória da Frente Islâmica de Salvação nas eleições legislativas. Cerca de 200 mil pessoas morreram no conflito
civil. A violência generalizada diminuiu, mas atentados
terroristas ainda são comuns. Em abril, uma organização que se diz o braço da Al
Qaeda no norte da África assumiu a autoria de um atentado que matou dezenas de
pessoas. O presidente da
França -ex-metrópole da
Argélia- condenou ontem o
"bárbaro" ataque.
Com agências internacionais
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