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Mais uma vez, democrata evita falar em custos
DE WASHINGTON
Se avança um pouco mais nos
detalhes de seu plano de criação de empregos e estímulo
econômico, o presidente eleito
Barack Obama comete o mesmo pecado das últimas vezes
em que lidou com o tema: não
fala do custo da iniciativa para
os combalidos cofres públicos.
Desde que a hipótese foi primeiro aventada, horas depois
da eleição do democrata em 4
de novembro, a especulação sobre o custo do pacote saltou de
US$ 100 bilhões originais para
o atual US$ 1 trilhão, a última
cifra mencionada informalmente por senadores.
Em conjunto com a equipe
econômica do presidente eleito, a liderança democrata do
Congresso americano prepara
o pacote de medidas que promete colocar na mesa de Obama no dia da posse, em 20 de janeiro. O novo Legislativo assume no dia 6 de janeiro.
A decisão de priorizar obras
públicas dá idéia do custo de
pelo menos parte do pacote.
"Basicamente, US$ 100 bilhões
de investimento público em
obras como rodovias, pontes e
barragens resultam em 2 milhões de empregos", calcula Robert Pollin, economista da Universidade de Massachusetts especializado na área.
No detalhamento feito ontem pelo presidente eleito,
além das rodovias estão esforço
em larga escala para tornar prédios públicos mais eficientes
energeticamente, obras para
modernizar e atualizar edifícios escolares, renovação da
"rodovia da informação" e modernização da saúde.
O esforço bate com o plano
do democrata, de aproveitar o
momento econômico crítico e a
decorrente necessidade de investimentos públicos para
avançar sua agenda de eficiência energética, criação de empregos chamados "verdes" e
modernização de setores como
educação e saúde.
(SD)
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