São Paulo, domingo, 07 de dezembro de 2008

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Mais uma vez, democrata evita falar em custos

DE WASHINGTON

Se avança um pouco mais nos detalhes de seu plano de criação de empregos e estímulo econômico, o presidente eleito Barack Obama comete o mesmo pecado das últimas vezes em que lidou com o tema: não fala do custo da iniciativa para os combalidos cofres públicos.
Desde que a hipótese foi primeiro aventada, horas depois da eleição do democrata em 4 de novembro, a especulação sobre o custo do pacote saltou de US$ 100 bilhões originais para o atual US$ 1 trilhão, a última cifra mencionada informalmente por senadores.
Em conjunto com a equipe econômica do presidente eleito, a liderança democrata do Congresso americano prepara o pacote de medidas que promete colocar na mesa de Obama no dia da posse, em 20 de janeiro. O novo Legislativo assume no dia 6 de janeiro.
A decisão de priorizar obras públicas dá idéia do custo de pelo menos parte do pacote. "Basicamente, US$ 100 bilhões de investimento público em obras como rodovias, pontes e barragens resultam em 2 milhões de empregos", calcula Robert Pollin, economista da Universidade de Massachusetts especializado na área.
No detalhamento feito ontem pelo presidente eleito, além das rodovias estão esforço em larga escala para tornar prédios públicos mais eficientes energeticamente, obras para modernizar e atualizar edifícios escolares, renovação da "rodovia da informação" e modernização da saúde.
O esforço bate com o plano do democrata, de aproveitar o momento econômico crítico e a decorrente necessidade de investimentos públicos para avançar sua agenda de eficiência energética, criação de empregos chamados "verdes" e modernização de setores como educação e saúde. (SD)


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