São Paulo, terça-feira, 07 de dezembro de 2010

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Sem diálogo à vista, Seul retoma exercícios na costa

Por telefone, Hu Jintao diz a Obama que crise pode ficar fora de controle

Coreia do Norte divulga nota chamando rivais do sul de "fantoches" que não "aprenderam lição" com bombardeio

FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM

Três dias depois da posse do novo ministro da Defesa e sob ameaças de Pyongyang, a Coreia do Sul iniciou ontem exercícios militares com munição real. É mais um sinal de que Seul endurecerá sua resposta ao ataque norte-coreano que deixou quatro mortos, há duas semanas.
Os exercícios prosseguem até domingo no litoral sul-coreano, mas longe da ilha Yeonpyeong, onde ocorreu o bombardeio norte-coreano.
Na sexta, o novo ministro, Kim Kwan-jin, disse que o país usará bombardeio aéreo em caso de novo ataque parecido ao de Yeonpyeong.
A Coreia do Norte, que diz ter sido atacada antes de bombardear a ilha, usou novamente duras palavras para criticar os novos exercícios.
"O grupo de fantoches sul-coreanos, longe de aprender uma lição, está mais frenético nas provocações militares", afirmou a agência estatal de notícias KCNA.

PELO TELEFONE
A pedido da Casa Branca, o presidente Barack Obama e o dirigente máximo da China, Hu Jintao, conversaram ontem por telefone sobre a crise coreana. De acordo com o jornal "New York Times", a solicitação levou 13 dias para ser atendida, provável reflexo do mau momento das relações entre os dois países.
Na conversa, segundo a Casa Branca, Obama exortou a China a "enviar uma clara mensagem para a Coreia do Norte de que suas provocações são inaceitáveis".
Hu Jintao defendeu a volta das conversações do grupo de seis países (as duas Coreias, Japão, Rússia, EUA e China) criado para lidar com a crise na península, ideia que já havia sido rechaçada na semana passada tanto por Seul como pelos americanos.
Segundo a agência estatal Xinhua, Hu Jintao disse ainda que existe o risco de a crise "sair do controle, o que não é do interesse de ninguém".

Com agências internacionais


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