São Paulo, sábado, 08 de janeiro de 2005

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EUA

Relação dele com o Brasil melhorou

Zoellick, o "sub do sub do sub", será sub de Rice

DE WASHINGTON

O presidente George W. Bush anunciou ontem o representante de comércio dos EUA, Robert Zoellick, como o novo número dois da diplomacia do país, subordinado à futura secretária de Estado, Condoleezza Rice.
Negociador americano da Alca, Zoellick, 51, ficou famoso no Brasil durante a campanha presidencial de 2002, quando o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva o chamou de "sub do sub do sub", em resposta ao seu comentário de que ou o país aderia à Alca ou teria de vender seus produtos na Antártida.
Zoellick substitui Richard Armitage, que renunciou logo após a reeleição de Bush.
O anúncio foi feito na Casa Branca com a presença de Rice e Zoellick. Segundo o presidente, os dois formarão "uma das mais fortes e capazes equipes de política externa que o país já teve".
Depois de um começo de relacionamento tumultuado com o governo Lula, Zoellick se aproximou bastante do chanceler brasileiro, Celso Amorim, com quem mantém boas relações.
Durante a campanha eleitoral americana, o ministro da Agricultura do Brasil, Roberto Rodrigues, chegou a dizer que a retomada da Alca seria mais rápida se Zoellick ficasse no cargo.
Ainda são esperadas outras mudanças na chefia da diplomacia americana. A expectativa é que o atual secretário-assistente de Estado para o hemisfério Ocidental, Roger Noriega, e outros altos funcionários que trabalharam com Colin Powell deixem suas funções.
Para substituir Zoellick como representante de Comércio, os mais cotados são Grant Aldonas, subsecretário de Negócios Internacionais do Departamento de Comércio, e a vice-representante de Negócios com a Ásia, Josette Shiner, entre outros.

Wolfowitz fica
Um dois principais falcões de Bush, o vice-secretário da Defesa, Paul Wolfowitz, disse ontem que continua no governo, afastando rumores de que se tornaria embaixador dos EUA nas Nações Unidas.
Como o número dois do Pentágono, Wolfowitz foi um dos principais arquitetos da Guerra do Iraque.
(FABIANO MAISONNAVE)


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