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GRÉCIA
Nova Democracia vence eleição e encara missão olímpica
Conservadores gregos substituirão socialistas no poder após 11 anos
DA REUTERS
Os conservadores venceram
ontem a eleição legislativa grega e
puseram fim a 11 anos de governo
socialista do Pasok. Desde 1981, os
socialistas só não controlaram o
Parlamento entre 1990 e 1993.
O líder da Nova Democracia,
Costas Karamanlis, assumirá o
cargo de premiê com dois desafios imediatos: superar os atrasos
no cronograma da Olimpíada de
Atenas, que começam em agosto,
e ajudar na negociação para a reunificação do Chipre, ilha dividida
há 30 anos entre cipriotas turcos e
cipriotas gregos.
No final da tarde, de uma janela
da sede da Nova Democracia em
Atenas, Karamanlis acenou para
os milhares de eleitores do partido que celebravam sua vitória
com bandeiras da Grécia.
"É uma grande honra e também
uma grande responsabilidade. Os
Jogos Olímpicos serão os melhores e os mais salvos, e a Grécia
mostrará sua face moderna", declarou o novo premiê.
"Desejo a Karamanlis sucesso
em seu trabalho, para o bem da
Grécia", afirmou o líder do Pasok,
George Papandreou, admitindo a
derrota.
Formado em direito nos EUA,
Karamanlis, 51, integra uma das
principais dinastias políticas da
Grécia. O mais jovem premiê da
história do país é sobrinho de
Constantine Karamanlis, primeiro líder democraticamente eleito
após a ditadura militar (1967-74).
A vitória conservadora ficou
clara no fim do dia, logo após o fechamento das urnas, quando
quatro pesquisas indicaram o
triunfo do partido de Karamanlis
sobre os socialistas por uma margem de cinco pontos percentuais,
em média. Levantamento da TV
estatal Net, por exemplo, dava aos
conservadores 45,5% dos votos,
contra 40,2% dos socialistas.
À noite, os primeiros resultados
consolidaram a projeção. Com
56% da apuração feita, os conservadores tinham 46,5% dos votos,
e os socialistas, 40,5%. Analistas
eleitorais previram que a Nova
Democracia controle 170 das 300
cadeiras do Parlamento. O Pasok
deve ficar com menos de 120.
Os 10 milhões de eleitores gregos tinham de optar entre o establishment socialista, abalado por
denúncias de corrupção, e um líder conservador que nunca exercera um cargo ministerial.
Com a vitória conservadora, a
Grécia entra para o grupo de países europeus que nos últimos
anos tiveram uma guinada à direita, como Itália e Portugal.
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