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Impasse atrasa novo governo; mais 19 morrem
DA REDAÇÃO
O sistema político iraquiano caminhava ontem para o colapso,
com a forte possibilidade de a
maioria árabe-xiita boicotar a primeira sessão do Parlamento
-um passo crucial para formar
um novo gabinete- e a promessa
das minorias árabe-sunita e curda
de boicotar um governo encabeçado pelo atual premiê, Ibrahim
al Jaafari, indicado pelo bloco xiita para continuar no cargo.
O embaixador dos EUA, Zalmay Khalilzad, se reuniu com um
dos principais líderes xiitas do
país, Abdul-Aziz al Hakim, para
discutir a saída da crise. O vácuo
de poder, crê Khalilzad, está alimentando a violência no país.
O presidente Jalal Talabani, que
é curdo, havia dito a Al Hakim
que seu bloco não apoiaria Al Jaafari. Na noite de ontem, representantes do bloco curdo e da Aliança
Xiita por um Iraque Unido se reuniram, mas não conseguiram chegar a uma solução para o impasse.
Em meio à crise, ataques a bombas, morteiros e tiros deixaram
ontem pelo menos 19 mortos pelo
país, dando continuidade à espiral de violência etno-religiosa que
envolveu o Iraque desde o atentado contra a Mesquita Dourada no
último dia 22. O templo, em Samarra, é um dos mais importantes para os xiitas, e sua destruição
detonou uma onda de ataques e
contra-ataques que deixou ao
menos 500 mortos.
Também ontem, a TV por satélite árabe Al Jazira, de Dubai, levou ao ar novas imagens de três
missionários cristãos seqüestrados há três meses no Iraque. O vídeo, datado do último dia 28,
mostra o britânico Norman Kember, 74, e os canadenses James Loney, 41, e Harmeet Singh Sooden,
32. O americano Tom Fox, 54, seqüestrado com os demais, não
aparece. Nenhuma informação
foi dada a seu respeito.
Em comunicado, o grupo Brigadas das Espadas dos Justos disse
que matará os reféns se todos os
prisioneiros iraquianos não forem soltos, mas não impôs prazo.
Com agências internacionais
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