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21 respondem na Justiça pela tragédia de 2004
DE BUENOS AIRES
Na madrugada de 30 de
dezembro de 2004, um fogo
de artifício lançado por um
espectador de um show em
uma boate de Buenos Aires
deflagrou um incêndio que
resultou numa das maiores
tragédias recentes da Argentina: 194 mortos, a maioria
jovens, que assistiam à banda Los Callejeros.
Até hoje, a rua da boate
República Cromagnon, no
bairro Once, permanece fechada. No lugar, há uma espécie de memorial das vítimas, cujo símbolo são seus
tênis chamuscados e fotos.
A comoção que se seguiu
às mortes, com passeatas
exigindo punição dos responsáveis, gerou -além da
crise política que culminou
ontem com o impeachment
do prefeito Aníbal Ibarra-
uma mudança nas regras de
segurança de boates e de hábitos noturnos.
Na noite da tragédia, a casa
estava superlotada, com alvará do Corpo de Bombeiros
vencido e, o mais grave, tinha as saídas de emergência
trancadas por cadeados. Em
resposta à ausência de fiscalização, Ibarra ordenou o fechamento de todas as pistas
de dança da cidade por 15
dias. Algumas boates nunca
voltaram a reabrir ou viraram bares por não ter saídas
de emergência.
Em outubro passado, a
prefeitura baixou uma lista
de regras a serem respeitadas pelos promotores de
eventos. Entre as exigências,
pedem-se a contratação de
serviços médicos e de bombeiros, laudo sobre instalações elétricas e pagamento
de seguro contra incêndio.
Pelo incêndio, 21 pessoas
respondem na Justiça. Entre
eles, funcionários da prefeitura, empresário e músicos
da banda Los Callejeros e o
gerente da boate, Omar Chabán, que está preso.
(FM)
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