São Paulo, quarta-feira, 08 de março de 2006

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21 respondem na Justiça pela tragédia de 2004

DE BUENOS AIRES

Na madrugada de 30 de dezembro de 2004, um fogo de artifício lançado por um espectador de um show em uma boate de Buenos Aires deflagrou um incêndio que resultou numa das maiores tragédias recentes da Argentina: 194 mortos, a maioria jovens, que assistiam à banda Los Callejeros.
Até hoje, a rua da boate República Cromagnon, no bairro Once, permanece fechada. No lugar, há uma espécie de memorial das vítimas, cujo símbolo são seus tênis chamuscados e fotos.
A comoção que se seguiu às mortes, com passeatas exigindo punição dos responsáveis, gerou -além da crise política que culminou ontem com o impeachment do prefeito Aníbal Ibarra- uma mudança nas regras de segurança de boates e de hábitos noturnos.
Na noite da tragédia, a casa estava superlotada, com alvará do Corpo de Bombeiros vencido e, o mais grave, tinha as saídas de emergência trancadas por cadeados. Em resposta à ausência de fiscalização, Ibarra ordenou o fechamento de todas as pistas de dança da cidade por 15 dias. Algumas boates nunca voltaram a reabrir ou viraram bares por não ter saídas de emergência.
Em outubro passado, a prefeitura baixou uma lista de regras a serem respeitadas pelos promotores de eventos. Entre as exigências, pedem-se a contratação de serviços médicos e de bombeiros, laudo sobre instalações elétricas e pagamento de seguro contra incêndio.
Pelo incêndio, 21 pessoas respondem na Justiça. Entre eles, funcionários da prefeitura, empresário e músicos da banda Los Callejeros e o gerente da boate, Omar Chabán, que está preso. (FM)


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