São Paulo, domingo, 08 de março de 2009

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Premiê palestino abdica em prol de reconciliação

Saída de Fayad facilita governo de unidade com Hamas

DA REDAÇÃO

Num gesto que pode facilitar a formação de um governo de unidade palestino e fazer avançar negociações com Israel, o premiê palestino, Salam Fayad, afirmou ontem que deixará seu cargo até o fim do mês em prol da "reconciliação nacional". Mas o presidente Mahmoud Abbas pediu que ele fique até haver um acordo com o Hamas.
Fayad fora indicado pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, em junho de 2007, após a ruptura com o rival islâmico Hamas, que vencera as legislativas de 2006. A disputa criou uma divisão entre os palestinos: um governo na Cisjordânia -liderado pelo Fatah, de Abbas, e reconhecido pelo Ocidente e por Israel- e outro em Gaza, sob comando do Hamas.
Nas últimas semanas, os dois partidos se comprometeram a formar um governo de união até a convocação de novas eleições, em 2010, mas exigências dos dois lados travam o acordo.
O Hamas, que tem como premiê Ismail Haniyeh, desconsiderou a renúncia, alegando que a indicação de Fayad foi ilegal.

Anexação ilegal
Relatório interno de diplomatas da União Europeia acusa o governo de Israel de tentar anexar ilegalmente a parte oriental (árabe) de Jerusalém, por meio de expansão de assentamentos e demolição de casas palestinas -o que foi criticado nesta semana pela chanceler americana, Hillary Clinton.
O documento de dezembro de 2008, divulgado ontem pelo grupo de direitos humanos Israel Contra Demolições de Casas, diz que as ações de Israel "dentro e ao redor de Jerusalém são um dos mais graves desafios ao processo de paz israelo-palestino". E, apesar de reconhecer as preocupações de segurança de Israel, agrega que "as justificativas são limitadas".


Com agências internacionais


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