|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
EUA planejam o julgamento de
Saddam e dirigentes iraquianos
DA REDAÇÃO
A administração Bush examina
quais opções legais tem à sua disposição -após a queda do regime de Bagdá- para julgar dirigentes iraquianos, inclusive Saddam Hussein, considerado por
Washington criminoso de guerra.
As alternativas que vêm sendo
estudadas pelo governo norte-americano ignoram os tribunais
penais internacionais utilizados
após outros conflitos, como o que
foi instituído para a ex-Iugoslávia.
"Não é necessário um tribunal
internacional para os abusos
atuais", disse Pierre Richard Prosper, embaixador norte-americano para crimes de guerra. "Particularmente quando discutimos
abusos cometidos no passado, assim como crimes atuais, temos de
nos concentrar nas lideranças",
disse. "Temos focado nossas atenções durante anos nas ações de
Saddam Hussein, de seus filhos e
de pessoas como Ali Químico.
Muitas das atrocidades vêm de cima, das lideranças."
O embaixador ainda afirmou
que os Estados Unidos trabalham
com iraquianos no exílio para desenvolver um processo local de
julgamento de membros do regime de Saddam Hussein.
Segundo Hays Parks, assistente
do juiz-geral do Exército americano, foram iniciadas investigações
sobre crimes de guerra que estejam relacionados à controversa
transmissão pela televisão de soldados norte-americanos feitos
prisioneiros.
"O regime iraquiano vem demonstrando um padrão sistemático de desprezo pelas leis de guerra. É suficiente dizer que as imagens de vídeo feitas sob orientação desse regime mostram violações fundamentais às Convenções de Genebra", disse o assistente.
Também estão sendo investigadas falsas rendições de tropas iraquianas. Segundo relatos dos soldados da coalizão, combatentes
iraquianos, após terem se rendido
com bandeiras brancas, teriam
passado a atacar as tropas anglo-americanas.
De acordo com Parks, os Estados Unidos podem julgar esses
crimes em conselhos de guerra,
comissões militares ou em seus
tribunais federais.
Governos estrangeiros também
poderiam estar interessados em
participar do julgamento de iraquianos responsáveis por crimes
contra seus cidadãos, disse Parks.
Segundo ele, os julgamentos ainda podem incluir, portanto, violações do regime de Saddam contra
kuaitianos durante a invasão do
Kuait pelo Iraque em 1990 e 1991.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Desânimo marca reação árabe Próximo Texto: Bush e Blair traçam futuro do Iraque Índice
|