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Eleição não muda rotina de britânicos
DE LONDRES
Não há panfletos nas ruas, o comércio e os bancos funcionam
normalmente e não há lei seca.
Muito pouco muda na rotina dos
britânicos no dia da eleição de seu
novo Parlamento, já que não é feriado, o voto é facultativo e as
campanhas de rua ficam proibidas desde a noite anterior.
Em Londres, um dos poucos indicativos de que algo de diferente
ocorria no país era a presença de
bonecos gigantes, representando
os líderes dos três principais partidos, junto a uma das margens
do rio Tâmisa.
Nos postos de votação, o clima
durante o dia era de tranquilidade, sem filas nem propaganda de
boca-de-urna. Em uma escola
primária do distrito de Kensington e Chelsea, o processo eleitoral
era acompanhado por três representantes partidários: um trabalhista, um conservador e um liberal-democrata, que observavam o
esparso vai-e-vem de eleitores.
"Passamos o dia aqui para conferir se nossos eleitores vêm votar
ou não", disse à Folha Jean Navawsardian, a fiscal dos trabalhistas de plantão na escola.
Como representante partidário,
ela segurava fichas com os dados
de dezenas de eleitores cadastrados para votar naquela escola.
"Essas são pessoas que dizem que
votarão em nosso partido. Se até o
final do dia elas não aparecerem,
iremos bater em suas casas para
convocá-las para votar", contou
Jean.
As urnas britânicas ficaram
abertas das 7h às 22h, e muitos
eleitores votaram apenas ao anoitecer, na volta do trabalho. Das 43
mil seções eleitorais espalhadas
pelo país, a maioria ficava em escolas e igrejas. Em alguns casos, o
local de votação era mais inusitado. Em Bristol, um posto foi instalado nos fundos de um restaurante. Em Cardiff, País de Gales, um
supermercado abrigava urnas.
No centro de Londres, eleitores
podiam votar junto ao pub "The
Brittania" e tomar uma cerveja
em seguida.
(LC)
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