DA REDAÇÃO

Israel voltou a invadir Jenin (Cisjordânia) ontem, em busca de suspeitos de envolvimento com o terrorismo. As tropas se retiraram horas mais tarde.
Segundo fontes palestinas, pelo menos cinco pessoas ficaram feridas na operação, que envolveu cerca de 30 tanques e blindados, apoiados por helicópteros.
O Exército invadiu também Tulkarem, o campo de refugiados de Kabatya e outros vilarejos do norte da Cisjordânia -de onde, segundo os israelenses, parte a maioria dos terroristas suicidas.
O Exército anunciou a prisão de uma mulher que planejava fazer atentado. As incursões são resposta a ataque suicida com carro-bomba no cruzamento Meguido (norte), na quarta-feira, que matou 17 passageiros de um ônibus.
O líder palestino Iasser Arafat criticou a campanha de Israel, que, anteontem, voltou a invadir seu QG em Ramallah, destruindo edifícios e danificando o quarto onde ele dorme. "Faço um apelo à toda a comunidade internacional para frear esse fascismo, esse nazismo, esse trabalho sujo contra o nosso povo", declarou Arafat.
O premiê israelense, Ariel Sharon, responsabiliza Arafat pelos atos terroristas. Na segunda-feira, ele se reunirá em Washington com o presidente George W. Bush. O americano prometeu ontem anunciar nova proposta de paz para a região após seus encontros com Sharon e com o presidente egípcio, Hosni Mubarak, que está nos EUA para dois dias de reuniões com Bush e assessores. A realização de uma conferência de paz e a criação de um Estado palestino serão debatidos.