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EUA tirarão um
terço dos militares
da Coréia do Sul
DA REDAÇÃO
Os EUA anunciaram ontem que retirarão 12 mil de
seus 37 mil militares hoje estacionados na Coréia do Sul
até o fim de 2005. O plano faz
parte de uma ampla reforma
da presença militar americana na Europa, no Oriente
Médio e na Ásia, que ainda
provocará uma redução das
tropas na Alemanha.
A idéia básica consiste em
reduzir numericamente e incrementar com novos meios
tecnológicos os pontos em
que os militares dos EUA se
encontram. Trata-se de um
programa de reforma chamado Revisão da Atitude de
Defesa Global.
Segundo o Pentágono, a
nova política daria aos soldados maior mobilidade de
intervenção e os faria deixar
uma lógica criada na Guerra
Fria, tendo novas prioridades. Estas vão do Iraque à
guerra contra o terrorismo
global, passando pelas tensões no mundo árabe e pela
proteção das rotas utilizadas
por grandes petroleiros.
A decisão de diminuir a
presença militar na Coréia
do Sul foi comunicada, anteontem à noite, ao governo
sul-coreano e anunciada ontem de manhã.
O anúncio foi feito por
Kim Sook, que chefia a divisão norte-americana da
Chancelaria da Coréia do
Sul. Segundo Sook, entre os
militares que deixarão seu
país estão os já programados
3.600, que deverão nas próximas semanas ser deslocados para o Iraque, onde os
EUA já atuam com 138 mil
soldados e oficiais.
As forças norte-coreanas
contam com 1,1 milhão de
homens. As da Coréia do Sul
têm 690 mil. Assim, os 37 mil
militares americanos na península têm um peso mais
político do que militar, disseram analistas americanos.
Dentro do mesmo rearranjo, o jornal japonês "Asahi Shimbun" disse ontem
que cerca de 14 mil militares
americanos deixariam Okinawa e se instalariam na base japonesa de Hokkaido.
Não haveria redução.
Uma emissora australiana
de rádio disse ontem que o
secretário da Defesa dos
EUA, Donald Rumsfeld, discute com o ministro da Defesa local, Robert Hill, a assinatura, em julho, de um
acordo que permitiria a
construção de um centro de
treinamento na Austrália.
O novo centro seria usado
para treinamento de operações aeroterrestres, que seriam lançadas em caso de
tentativas de obstrução das
rotas de petróleo.
A mesma lógica levou o
Pentágono a investir na ampliação de sua base aérea e
naval em Guam, ilha controlada pelos EUA no Pacífico
ocidental.
Quanto às mudanças da
presença militar americana
na Europa, o "New York Times" informa que deverão
deixar a Alemanha duas divisões do Exército, o que pode significar 40 mil homens.
Ao mesmo tempo, um
grupo de 72 caças e de aviões
de apoio logístico deixariam
Spangdahlem, na Alemanha, e se instalariam na Turquia. Assim, eles ficariam
mais perto de prováveis focos de tensão situados no
Oriente Médio.
Com agências internacionais
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