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CHILE
Bachelet veta aos estudantes maioria em órgão educacional
DE BUENOS AIRES
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, rechaçou o
pedido de estudantes que
exigiam maioria no conselho
criado pelo governo para debater a reforma educacional.
O conselho assessor da
Presidência terá três meses
para debater a reforma da legislação e inclui professores
e pais de alunos. Entre os 75
membros do órgão anunciado ontem, haverá seis secundaristas e seis universitários.
Os porta-vozes do movimento estudantil, que começa a rachar, criticaram a medida. "Não estamos dispostos a aceitar a comissão como propõe a presidente",
disse Juan Carlos Herrera.
A decisão marca o endurecimento do governo com as
demandas dos secundaristas, classificadas de "exageradas". Há duas semanas eles
pararam as aulas e ocupam
651 colégios. Universitários
aderiram à greve de cerca de
1 milhão de estudantes, iniciada segunda. Hoje a assembléia se reúne para decidir se
acaba com a paralisação.
Em uma reunião de gabinete, a presidente cobrou
que o gabinete saia da "defensiva". Pesquisa de opinião
mostrou que, após os protestos estudantis, a rejeição à
gestão de Bachelet subiu de
11,3% em abril para 20,9%.
(FLÁVIA MARREIRO)
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