São Paulo, domingo, 08 de agosto de 2010

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CASO SAKINEH

Lula afirma que, "como cristão", é contra pena de apedrejamento

DA ENVIADA A BOGOTÁ - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que, "como cristão", não considera correto que um Estado condene uma pessoa à morte, em referência ao caso da viúva iraniana Sakineh Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento por adultério.
Lula pediu que o Irã cancele a pena a que Sakineh foi submetida, mas disse que não pode virar "um apelador" e que as regras dos outros países devem ser respeitadas.
"Como ser humano, como cristão que eu sou, eu não posso imaginar alguém ser morto apedrejado por traição. Eu não consigo imaginar. Por isso que eu fiz o pedido de que, se tivesse condições de mandá-la para o Brasil, nós a receberíamos de braços abertos."
O presidente considerou, no entanto, que esse tipo de questão é "muito delicada", já que é preciso levar em conta a legislação e a soberania de cada país.
"Agora mesmo a Síria liberou quatro brasileiros [acusados de tráfico de drogas], mas sempre com cuidado, porque, se daqui a pouco todo mundo começa a pedir para eu liberar, vai ser uma...", afirmou Lula, sem completar a frase.
Há cerca de dez dias, quando questionado sobre o caso Sakineh, Lula disse que não poderia se intrometer e pedir o tempo todo pela libertação de presos porque senão viraria "uma avacalhação".
Ontem, seguiu o raciocínio dizendo que, se usar seu cargo para apelar, os presidentes perderão autoridade. (SI)


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