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CASO SAKINEH
Lula afirma que, "como cristão", é contra pena de apedrejamento
DA ENVIADA A BOGOTÁ - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva
afirmou ontem que, "como
cristão", não considera correto
que um Estado condene uma
pessoa à morte, em referência
ao caso da viúva iraniana Sakineh Ashtiani, condenada à
morte por apedrejamento por
adultério.
Lula pediu que o Irã cancele
a pena a que Sakineh foi submetida, mas disse que não pode virar "um apelador" e que
as regras dos outros países devem ser respeitadas.
"Como ser humano, como
cristão que eu sou, eu não posso imaginar alguém ser morto
apedrejado por traição. Eu não
consigo imaginar. Por isso que
eu fiz o pedido de que, se tivesse condições de mandá-la para
o Brasil, nós a receberíamos de
braços abertos."
O presidente considerou,
no entanto, que esse tipo de
questão é "muito delicada", já
que é preciso levar em conta a
legislação e a soberania de cada país.
"Agora mesmo a Síria liberou quatro brasileiros [acusados de tráfico de drogas], mas
sempre com cuidado, porque,
se daqui a pouco todo mundo
começa a pedir para eu liberar,
vai ser uma...", afirmou Lula,
sem completar a frase.
Há cerca de dez dias, quando questionado sobre o caso
Sakineh, Lula disse que não
poderia se intrometer e pedir o
tempo todo pela libertação de
presos porque senão viraria
"uma avacalhação".
Ontem, seguiu o raciocínio
dizendo que, se usar seu cargo
para apelar, os presidentes
perderão autoridade.
(SI)
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