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AS EXCEÇÕES
Guerrilhas impedem avanço
de esquerdistas na Colômbia
da Redação
Na contramão da maior parte
da América Latina, a crise econômica não parece ter fortalecido a
esquerda na Colômbia.
O país registrou taxa de desemprego recorde de 19,8% em junho,
teve sua moeda desvalorizada em
mais de 25% em relação ao dólar e
sua economia encolheu 5,8%.
O presidente Andrés Pastrana
(Partido Conservador) sofreu o
impacto da recessão e dos sucessivos adiamentos nas negociações
de paz com a guerrilha.
A rejeição a seu governo, que
completou um ano na sexta, chegou a 65%, segundo pesquisa publicada pela revista "Semana".
Mesmo assim, a esquerda institucionalizada em partidos mantém a histórica falta de expressão.
Segundo analistas políticos, a
explicação para essa inexpressividade é a forte presença da esquerda armada no país.
As guerrilhas de orientação
marxista Farc (Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia) e
ELN (Exército de Libertação Nacional) as maiores do país, dominam 40% do território e lutam
contra o governo há mais de 30
anos.
Recentemente, segundo o cientista político Alejo Vargas, vice-reitor da Universidade Nacional
da Colômbia, começa a se desenhar uma frente social e política,
proposta pela Central Unitária
dos Trabalhadores.
O movimento de crítica ao modelo político e econômico em vigor une sindicatos, agricultores,
pequenos partidos e setores acadêmicos, mas, segundo Vargas,
ainda está em construção.
(LP)
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