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Imigrantes se rebelam em abrigo espanhol
Centros nas ilhas Canárias estão superlotados; Comissão Européia pede que Espanha receba ajuda
DA REDAÇÃO
Imigrantes detidos num centro de Fuerteventura, nas ilhas
Canárias (Espanha), tentaram
se rebelar, ferindo levemente
cinco policiais que tiveram de
intervir, de acordo com o jornal
local "La Provincia".
"Voltará a ocorrer porque os
centros estão cada vez mais
cheios e há poucos policiais. Algum dia, tem de explodir", afirmou o secretário regional da
Confederação Espanhola de
Policiais, Agustín Brito.
Os cinco centros para imigrantes nas ilhas Canárias têm
capacidade para 5.566 pessoas,
mas estão com 6.034, segundo
o Ministério do Interior.
A Espanha tem enfrentado
problemas para lidar com o fluxo maciço de imigrantes africanos para as ilhas Canárias. Só
neste mês, já foram interceptados 3.657. O presidente da Comissão Européia, José Manuel
Durão Barroso, divulgou ontem carta aos chefes de Estado
e de governo da União Européia em que pede "solidariedade" com os espanhóis.
"Desejo chamar vossa atenção sobre este problema urgente e dramático que constitui a
imigração clandestina e que
exige uma reação imediata e
forte do conjunto da União Européia", escreveu. O governo
espanhol também tem insistido nos pedidos de colaboração
a seus sócios europeus.
A revolta no centro de detenção de El Matorral, que abriga
1.400 imigrantes africanos controlados por apenas oito policiais, aconteceu na noite da última terça-feira, quando os 700
ocupantes de um dos módulos
estavam no horário de refeição.
Um deles se voltou contra o
que serve de intermediário no
contato com as autoridades,
porque queria repetir o jantar.
O agente que controlava o módulo tentou apartar e se viu cercado. Os outros sete policiais do
centro tiveram de intervir para
ajudar o colega e sofreram várias agressões. Imigrantes também se feriram sem gravidade.
Com agências internacionais
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