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Polícia recomenda processo contra Olmert
Parecer à Procuradoria Geral diz que premiê recebeu dinheiro e participou de fraude entre 1993 e 2006
DA REDAÇÃO
A polícia israelense recomendou ontem à Procuradoria
Geral que processe o premiê
Ehud Olmert por duas das seis
acusações de que é alvo. Olmert, embora negue todas as
acusações, já havia anunciado
que renunciará assim que o seu
partido, o Kadima, eleger um
novo líder. Ele tenta concluir
negociações de paz com os palestinos até o final do ano.
Segundo a polícia, há provas
suficientes de que o premiê recebeu ilegalmente somas de dinheiro que chegaram a US$ 150
mil do empresário americano
Morris Talansky, na época em
que era prefeito de Jerusalém,
entre 1993 e 2003, e depois ministro da Indústria e do Comércio, até 2006. Em maio, o próprio Talansky admitiu, em interrogatório, os pagamentos.
Olmert também é acusado
pela polícia de ter participado
de um esquema de fraude em
solicitações de financiamento
público pelo qual recebia dinheiro para custear férias com
vários membros de sua família.
A polícia ainda pretende interrogar o premiê mais uma -a oitava- vez para decidir se o acusa de um terceiro crime, este
envolvendo abuso de poder.
A recomendação da polícia,
porém, não tem conseqüências
práticas, uma vez que, conforme a legislação israelense, depende ainda do parecer do procurador-geral, Menahem Mazuz, o que deve deve demorar
algumas semanas. Até ontem,
Olmert não havia se pronunciado, mas sua defesa tentava desqualificar as acusações.
"A única pessoa autorizada
por lei a decidir sobre processar
o premiê é o procurador-geral",
disseram em comunicado os
três defensores do premiê. "Teria sido preferível que a polícia
se abstivesse de expressar opinião em um assunto que não
compete à sua jurisdição nem à
sua autoridade", completaram.
Olmert anunciou, em 31 de
julho, que não concorrerá nas
eleições internas do Kadima,
de centro-direita, em 17 de setembro, e renunciará ao cargo
assim que o novo líder for escolhido e formar um novo governo. A favorita para a sucessão
de Olmert é a chanceler Tzipi
Livni, seguida pelo ministro
dos Transportes, Shaul Mofaz.
Com agências internacionais
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