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VENEZUELA
Ato contra o governo foi marcado para quinta-feira
Oposição acusa Chávez de usar Exército para impedir protesto
DA REDAÇÃO
A oposição venezuelana acusou
ontem o presidente Hugo Chávez
de militarizar Caracas para impedir uma manifestação contra o
governo programada para a quinta-feira. Nos últimos dias, o governo vem colocando tropas do
Exército nas ruas da capital, sob a
alegação de que a medida é necessária por causa da greve de parte
da Polícia Metropolitana, iniciada
há duas semanas.
"Chávez levou as tropas para a
rua com a única intenção de decretar um estado de exceção de
maneira ilegal e disfarçada", afirmou o prefeito da região metropolitana de Caracas, Alfredo Peña, a quem a Polícia Metropolitana está subordinada. Peña acusa o
governo de incitar a greve dos policiais para tomar para si o policiamento da capital.
Anteontem, Chávez havia dito
em seu programa semanal de rádio que o governo teria descoberto e desbaratado um suposto plano para derrubá-lo, coordenado
pelo advogado e ex-chanceler
Enrique Tejera Paris, 83.
A casa de Tejera foi vistoriada
pela polícia na sexta-feira. Segundo Chávez, teriam sido encontrados documentos detalhando planos para derrubá-lo. Tejera admitiu ter escrito os textos, mas disse
que formulou o plano em março,
antes do golpe que tirou Chávez
do poder por dois dias, em abril.
Ele disse, porém, que os militares
não seguiram suas propostas.
Os organizadores da marcha
prevista para quinta-feira dizem
que as acusações de Chávez são
um "show" para tentar enfraquecer o movimento, mas que ela
ocorrerá de qualquer forma.
Com agências internacionais
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