São Paulo, quarta-feira, 08 de outubro de 2008

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COLÔMBIA

Uribe faz defesa de militares investigados

DA FRANCE PRESSE

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, afirmou ontem que jovens da periferia de Bogotá cujos corpos apareceram no norte do país morreram em combate com o Exército, rebatendo a acusação de alguns familiares das vítimas de que teriam sido assassinados pelos soldados.
Na semana passada, o governo ordenou a abertura de uma investigação para apurar as circunstâncias da morte de ao menos 19 jovens bogotanos em Ocaña, no departamento de Norte Santander, apresentados como mortos em confronto pelos militares.
Ontem, Uribe disse já ter resultados da investigação. "O procurador-geral assegurou que os jovens desaparecidos foram baixas de combate. Não foram [ao local] buscar café, foram com propósitos deliqüenciais e não morreram um dia depois que desapareceram, mas um mês mais tarde." O procurador-geral, Mario Iguarán, rebateu, porém, o presidente, e disse que o caso seguia sob investigação.
A controvérsia começou quando foi noticiado que os corpos dos rapazes haviam sido encontrados, no dia 24. Então, informou-se que só havia um dia de diferença entre a data das mortes deles e a notificação de que haviam desaparecido. Segundo familiares, as vítimas disseram ter sido contratadas para trabalhar em chácaras antes de desaparecer.
Reportagem da revista colombiana "Semana" afirmou que o episódio era mais um caso de "falsos positivos mortais", como são conhecidos há anos os cadáveres apresentados como êxitos militares em troca de benefícios.


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