São Paulo, sábado, 08 de outubro de 2011

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Para opositores sírios, Dilma está do "lado errado"

ISABEL FLECK
DE SÃO PAULO

Importantes representantes da oposição ao governo de Bashar Assad, os LCC (Comitês Locais de Coordenação) consideram que os Brics -Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul- estão do "lado errado" ao decidirem vetar ou se abster na votação da resolução contra o ditador sírio no Conselho de Segurança das Nações Unidas, na última terça-feira.
"Condenamos a atitude de países que sofreram tanto para conseguir libertação da ditadura", disse Hozan Ibrahim, porta-voz dos comitês, à Folha.
Segundo Ibrahim, países como o Brasil, que tiveram a experiência de governos ditatoriais, "sabem bem o que o povo sírio está passando".
O porta-voz afirma que o veto ao texto que deixa espaço para sanções contra o regime de Assad deu tempo ao ditador, o que vai "seguramente" resultar em mais mortes.
"Mesmo que eles [Brics] estejam com medo do novo regime, como dizem, não é uma desculpa para ficar ao lado de um governo que mata cidadãos brutalmente, empurra o país a um cenário indesejado e pode desestabilizar toda a região", disse.
China e Rússia vetaram a resolução. Brasil, Índia e África do Sul se abstiveram.


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