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ALEMANHA
Comissão mediadora deverá estudar a questão
Oposição bloqueia na Câmara Alta projeto de reformas de Schröder
DA REDAÇÃO
A oposição conservadora alemã
usou ontem sua maioria no Bundesrat (espécie de Senado) para
bloquear temporariamente os
planos de reforma do mercado de
trabalho e de redução de impostos propostos pelo chanceler (premiê) social-democrata Gerhard
Schröder, que, segundo o governo, deverão dar novo alento à morosa economia alemã.
A iniciativa, orquestrada pelos
Estados governados pela CDU
(União Democrata Cristã) -que
controlam a Câmara Alta-, deverá provocar semanas de difíceis
negociações sobre as reformas,
que o Fundo Monetário Internacional disse que deveriam ser implementadas integralmente.
A economia alemã vem mostrando sinais de recuperação após
três anos de estagnação. O FMI
prevê um crescimento econômico
de 1,5% em 2004, mas a tendência
de melhora ainda é considerada
frágil por analistas.
Surpreendentemente, em setembro, a produção industrial
alemã teve uma leve queda, de
acordo com estatísticas divulgadas ontem, e representantes dos
setores empresariais afirmaram
que a crescente confiança dos
consumidores poderá ser duramente minada se não houver a redução de impostos.
O Bundesrat aprovou a convocação de uma comissão parlamentar mediadora -fato relativamente comum na política alemã- para estudar a redução de
impostos, o corte do auxílio aos
desempregados e a reforma das
finanças dos governos locais.
Schröder atacou as ações dos
conservadores, dizendo que eles
querem condicionar a aprovação
da redução de impostos a concessões relacionadas à reforma do
mercado de trabalho. Porém ambas as partes afirmaram que pretendem chegar a um consenso.
A comissão mediadora deverá
ter várias reuniões nas próximas
semanas, mas, de acordo com a
mídia alemã, nenhuma decisão
deverá ser anunciada antes de 10
de dezembro.
"Não é possível combinar um
corte de impostos necessário para
o crescimento econômico e para a
queda do desemprego com questões totalmente distintas", afirmou Schröder. Segundo ele, a iniciativa da CDU é "genuinamente
partidária", não levando em conta as necessidades do país.
Com agências internacionais
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