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TÚNEL DO TEMPO
Bush compara 11 de setembro a Pearl Harbor
Declaração foi dada 60 anos após ataque japonês que matou 2.400 americanos em base militar
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA, George
W. Bush, traçou paralelos entre o
11 de setembro de 2001 e o 7 de dezembro de 1941 em discurso em
memória das vítimas do ataque
japonês à base americana de Pearl
Harbor, no oceano Pacífico, que
ontem completou 60 anos.
O bombardeio japonês, que
destruiu a frota dos EUA no Pacífico, deixou 2.400 mortos, a maioria militares, e provocou a entrada
dos EUA na Segunda Guerra
(1939-45). O então presidente do
país, Franklin D. Roosevelt, disse
que a data seria eternamente lembrada como um dia de infâmia.
Até o 11 de setembro, Pearl Harbor era o episódio que havia deixado o mais alto número de vítimas em território americano nos
últimos cem anos. Os ataques
contra Nova York e o Pentágono,
nos arredores de Washington,
causaram a morte de pelo menos
3.600 pessoas, segundo as estimativas mais recentes de autoridades
do país, e levou os EUA a declarar
uma "guerra global" ao terror.
No discurso para relembrar os
60 anos de Pearl Harbor, realizado no porta-aviões USS Enterprise, na Virgínia (EUA), Bush afirmou que assim como 7 de dezembro, o 11 de setembro será lembrado como um dia de infâmia.
Nesses dias, "nosso povo e nossa forma de vida foram brutal e
inesperadamente atacados. Desta
vez [no 11 de setembro", não por
uma ofensiva militar complexa,
mas por terroristas perversos",
afirmou Bush no discurso, que foi
presenciado por 25 sobreviventes
de Pearl Harbor, cem veteranos
da Segunda Guerra e 10 mil militares da ativa.
Postados logo atrás do Bush, havia um militar negro e uma militar de origem asiática. "Os terroristas se aproveitaram cruelmente
das liberdades garantidas pelo
nosso país. Combatemos agora
para defender a liberdade e assegurar a preservação do estilo de
vida americano", disse Bush.
Segundo o presidente dos EUA,
"os inimigos dos americanos
acreditam que uma sociedade livre como a nossa é fraca. Mas eles
estão enganados, assim como estavam enganados na Segunda
Guerra Mundial".
"A tirania tentou acabar com a
nossa liberdade há 60 anos, mas
não conseguiu. E agora novamente irão fracassar", disse o presidente. Bush afirmou ainda que
nem em 1941 tampouco no dia 11
de setembro foram os EUA que
buscaram a guerra. O país é que
foi atacado.
Para o presidente, "o terrorismo
é herdeiro do nazismo" e será derrotado da mesma forma.
Afeganistão
"Já conseguimos libertar o Afeganistão, mas agora chegou a parte mais difícil. Precisamos pegar
esses líderes terroristas da Al Qaeda [rede terrorista liderada pelo
saudita Osama bin Laden" que estão escondidos", acrescentou o
presidente americano.
Bush disse ainda que "esses líderes terroristas, com sua ideologia, convencem jovens a se suicidar e depois fogem para as suas
cavernas no Afeganistão".
Diferentemente de 1941, quando os EUA foi atacado em uma
base militar distante, no Havaí, a
milhares de quilômetros da costa
californiana, em 11 de setembro
os americanos foram alvo de
atentados no coração do país.
Com agências internacionais
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