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Bolívia é alvo de
preocupação
de Washington
FABIANO MAISONNAVE
DA REDAÇÃO
Preocupados com a ascensão do
líder socialista Evo Morales, os
EUA estariam planejando a criação de uma espécie de grupo de
apoio à Bolívia para fortalecer o
governo do presidente Carlos Mesa, que assumiu o poder após a renúncia de Gonzalo Sánchez de
Lozada, em outubro.
O jornal boliviano "La Razón"
informou ontem que a primeira
reunião será em Washington no
dia 16 de janeiro, logo após a Cúpula das Américas, no México.
Segundo fontes diplomáticas
bolivianas, foram convidados 15
países, entre eles Brasil, Argentina
e Japão. Também haverá representantes do Fundo Monetário
Internacional (FMI) e do Banco
Mundial. O objetivo é criar um
grupo para dar "apoio financeiro,
técnico e político" a Mesa.
Procurada pela Folha ontem, a
assessoria de comunicação do Itamaraty não respondeu até o fechamento desta edição ao pedido
de informações sobre a reunião.
Tradicional aliado dos EUA,
Sánchez de Lozada renunciou em
17 de outubro após protestos que
deixaram 80 manifestantes mortos. Foi substituído por Mesa, na
época seu vice-presidente.
Os EUA acusam Morales, um
dos organizadores dos protestos,
de ter recebido dinheiro do governo do presidente venezuelano,
Hugo Chávez, para financiar a
mobilização. O líder cocaleiro,
que perdeu o segundo turno presidencial para Sánchez de Lozada
em 2002, negou a acusação.
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