São Paulo, sexta-feira, 09 de janeiro de 2004

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Bolívia é alvo de preocupação de Washington

FABIANO MAISONNAVE
DA REDAÇÃO

Preocupados com a ascensão do líder socialista Evo Morales, os EUA estariam planejando a criação de uma espécie de grupo de apoio à Bolívia para fortalecer o governo do presidente Carlos Mesa, que assumiu o poder após a renúncia de Gonzalo Sánchez de Lozada, em outubro.
O jornal boliviano "La Razón" informou ontem que a primeira reunião será em Washington no dia 16 de janeiro, logo após a Cúpula das Américas, no México.
Segundo fontes diplomáticas bolivianas, foram convidados 15 países, entre eles Brasil, Argentina e Japão. Também haverá representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. O objetivo é criar um grupo para dar "apoio financeiro, técnico e político" a Mesa.
Procurada pela Folha ontem, a assessoria de comunicação do Itamaraty não respondeu até o fechamento desta edição ao pedido de informações sobre a reunião.
Tradicional aliado dos EUA, Sánchez de Lozada renunciou em 17 de outubro após protestos que deixaram 80 manifestantes mortos. Foi substituído por Mesa, na época seu vice-presidente.
Os EUA acusam Morales, um dos organizadores dos protestos, de ter recebido dinheiro do governo do presidente venezuelano, Hugo Chávez, para financiar a mobilização. O líder cocaleiro, que perdeu o segundo turno presidencial para Sánchez de Lozada em 2002, negou a acusação.


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