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Para Garcia, chanceler não fala por Uribe
LETÍCIA SANDER
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As críticas do chanceler
colombiano, Fernando
Araújo, aos observadores
que acompanharam a fracassada operação para a
soltura de reféns das Farc
foram classificadas ontem
de "inamistosas" pelo assessor internacional da
Presidência do Brasil Marco Aurélio Garcia.
Garcia, que integrou a
missão, afirmou ainda que
as palavras do chanceler
não correspondem à posição do presidente Álvaro
Uribe. "A declaração me
surpreende. Não tenho
nenhuma explicação."
Em entrevista à radio
Caracol anteontem, Araújo acusou os observadores
internacionais de serem
favoráveis à guerrilha e
disse que Bogotá não permitirá mais a presença de
comissões do tipo no país.
Também integraram o
grupo o ex-presidente argentino Néstor Kirchner e
enviados de Bolívia, Cuba,
Equador, França e Suíça.
Garcia disse que a conduta da comissão foi "irrepreensível": "Ninguém
pode apresentar nem um
fato que possa representar
qualquer violação da imparcialidade com que nós
nos impusemos lá".
Ele ressaltou que a composição da comissão foi resultado de um acordo entre Bogotá e Caracas, e que
o Brasil só aceitou o convite depois de consultar o
governo colombiano. Garcia disse que o presidente
Lula falara com Uribe por
telefone, e que este afirmara que concordava com
a presença brasileira na
operação.
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