São Paulo, quarta-feira, 09 de janeiro de 2008

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Para Garcia, chanceler não fala por Uribe

LETÍCIA SANDER
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As críticas do chanceler colombiano, Fernando Araújo, aos observadores que acompanharam a fracassada operação para a soltura de reféns das Farc foram classificadas ontem de "inamistosas" pelo assessor internacional da Presidência do Brasil Marco Aurélio Garcia.
Garcia, que integrou a missão, afirmou ainda que as palavras do chanceler não correspondem à posição do presidente Álvaro Uribe. "A declaração me surpreende. Não tenho nenhuma explicação."
Em entrevista à radio Caracol anteontem, Araújo acusou os observadores internacionais de serem favoráveis à guerrilha e disse que Bogotá não permitirá mais a presença de comissões do tipo no país.
Também integraram o grupo o ex-presidente argentino Néstor Kirchner e enviados de Bolívia, Cuba, Equador, França e Suíça.
Garcia disse que a conduta da comissão foi "irrepreensível": "Ninguém pode apresentar nem um fato que possa representar qualquer violação da imparcialidade com que nós nos impusemos lá".
Ele ressaltou que a composição da comissão foi resultado de um acordo entre Bogotá e Caracas, e que o Brasil só aceitou o convite depois de consultar o governo colombiano. Garcia disse que o presidente Lula falara com Uribe por telefone, e que este afirmara que concordava com a presença brasileira na operação.


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