São Paulo, sábado, 09 de fevereiro de 2008

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Bush conclama base republicana à união

DA REDAÇÃO

Em seu primeiro pronunciamento importante sobre a campanha eleitoral, o presidente americano, George W. Bush, encorajou ontem seu partido a se unir para a disputa contra os democratas pela Presidência dos Estados Unidos. Ele não mencionou o nome do senador John McCain-favorito nas primárias republicanas.
Bush descreveu a eleição de 4 de novembro como uma escolha ideológica nítida e disse que, quem quer que seja o candidato oficial do partido, garantirá a manutenção da "filosofia republicana" no comando da Casa Branca.
"Temos tido bons debates e logo teremos um candidato que vai carregar a bandeira conservadores nestas eleições e além delas", disse. "As apostas em novembro são altas. Estas eleições são importantes. A prosperidade e a paz estão em jogo", afirmou a cerca de 2.000 participantes da Conferência de Ação Política Conservadora, em Washington.

"Mais quatro anos"
A conferência, realizada anualmente, é um encontro de grupos direitistas de lobby. Na véspera, foi lá que o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney anunciou que estava suspendendo sua participação nas prévias republicanas.
"Com confiança em nossa visão e fé em nossos valores, vamos seguir em frente, lutar pela vitória e manter a Casa Branca em 2008", afirmou o presidente americano, enquanto a platéia pedia "four more years" (mais quatro anos).
Embora a popularidade de Bush no país esteja na faixa dos 30% há meses -número confirmado ontem por nova pesquisa, da Associated Press e do Instituto Ipsos-, ele continua popular nos setores mais conservadores do seu partido.
Na véspera, quando também falou no mesmo fórum, John McCain teve recepção mais fria e chegou a ser vaiado por um grupo que se retirou da sala quando ele explicava por que em 2006 participou com o senador democrata Ted Kennedy da elaboração de uma lei que daria uma espécie de anistia a imigrantes ilegais -na semana passada, em debate com os rivais republicanos, o senador pelo Arizona disse que não voltaria a apresentar o projeto.
A ala direitista do partido também critica McCain por ter votado contra cortes de impostos propostos por Bush em 2001 e 2003 e por ser favorável a pesquisas com células-tronco e a metas contra o aquecimento global. Na área de defesa, suas posições linha-dura coincidem com a da base partidária.
Embora não tenha apoiado nenhum republicano oficialmente, o presidente deixou claro que irá atuar na campanha. Segundo o porta-voz da Casa Branca, Scott Stanzel, as declarações de Bush não tinham a intenção de unir o partido a favor de McCain, por enquanto. "Ainda há vários candidatos na disputa", disse. Ele afirmou que a saída de Romney "nos deixa mais perto de ter um indicado, mas ainda não chegamos lá".


Com agências internacionais


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