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Bush conclama base republicana à união
DA REDAÇÃO
Em seu primeiro pronunciamento importante sobre a
campanha eleitoral, o presidente americano, George W.
Bush, encorajou ontem seu
partido a se unir para a disputa
contra os democratas pela Presidência dos Estados Unidos.
Ele não mencionou o nome do
senador John McCain-favorito nas primárias republicanas.
Bush descreveu a eleição de 4
de novembro como uma escolha ideológica nítida e disse
que, quem quer que seja o candidato oficial do partido, garantirá a manutenção da "filosofia
republicana" no comando da
Casa Branca.
"Temos tido bons debates e
logo teremos um candidato que
vai carregar a bandeira conservadores nestas eleições e além
delas", disse. "As apostas em
novembro são altas. Estas eleições são importantes. A prosperidade e a paz estão em jogo",
afirmou a cerca de 2.000 participantes da Conferência de
Ação Política Conservadora,
em Washington.
"Mais quatro anos"
A conferência, realizada
anualmente, é um encontro de
grupos direitistas de lobby. Na
véspera, foi lá que o ex-governador de Massachusetts Mitt
Romney anunciou que estava
suspendendo sua participação
nas prévias republicanas.
"Com confiança em nossa visão e fé em nossos valores, vamos seguir em frente, lutar pela
vitória e manter a Casa Branca
em 2008", afirmou o presidente americano, enquanto a platéia pedia "four more years"
(mais quatro anos).
Embora a popularidade de
Bush no país esteja na faixa dos
30% há meses -número confirmado ontem por nova pesquisa, da Associated Press e do
Instituto Ipsos-, ele continua
popular nos setores mais conservadores do seu partido.
Na véspera, quando também
falou no mesmo fórum, John
McCain teve recepção mais fria
e chegou a ser vaiado por um
grupo que se retirou da sala
quando ele explicava por que
em 2006 participou com o senador democrata Ted Kennedy
da elaboração de uma lei que
daria uma espécie de anistia a
imigrantes ilegais -na semana
passada, em debate com os rivais republicanos, o senador
pelo Arizona disse que não voltaria a apresentar o projeto.
A ala direitista do partido
também critica McCain por ter
votado contra cortes de impostos propostos por Bush em
2001 e 2003 e por ser favorável
a pesquisas com células-tronco
e a metas contra o aquecimento
global. Na área de defesa, suas
posições linha-dura coincidem
com a da base partidária.
Embora não tenha apoiado
nenhum republicano oficialmente, o presidente deixou claro que irá atuar na campanha.
Segundo o porta-voz da Casa
Branca, Scott Stanzel, as declarações de Bush não tinham a
intenção de unir o partido a favor de McCain, por enquanto.
"Ainda há vários candidatos na
disputa", disse. Ele afirmou que
a saída de Romney "nos deixa
mais perto de ter um indicado,
mas ainda não chegamos lá".
Com agências internacionais
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