São Paulo, sábado, 09 de abril de 2011

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Exceção brasileira, Embraco cresce no país

DE PEQUIM

Enquanto empresas brasileiras como Embraer e Gerdau têm problemas para se fixar na China, a fábrica de compressores catarinense Embraco vem aumentando a produção e a presença no país desde que se instalou em Pequim, há 16 anos.
O grande salto ocorreu em 2006, com a inauguração de nova fábrica, aumentando a capacidade de produção de 2 milhões por ano para 9 milhões de compressores para refrigeração por ano. O número de funcionários subiu de 990, em 1995, para 2.500.
A Embraco tem sido um raro caso de empresa brasileira bem-sucedida na China.
Localizada perto do aeroporto de Pequim, a Embraco Snowflake é uma joint venture entre a empresa brasileira e a Prefeitura de Pequim, que tem 30% de participação.
Cerca de 85% da produção fica na China. A Embraco fornece para as principais fabricantes chinesas de refrigeradores, entre as quais Haier e Midea. O restante vai para Japão, Paquistão, Índia, Austrália e Tailândia.
A produção da unidade chinesa vem aumentando em média 25% por ano desde 2007, segundo dados da empresa. É a segunda das cinco fábricas da Embraco em capacidade de produção, atrás apenas de Joinville (SC).
Segundo um levantamento do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgado ontem, a maioria das nove empresas que vêm buscando entrar no país enfrentam problemas.
Duas delas sofrem restrições do governo. A Embraer ameaça fechar a sua fábrica no nordeste do país por não conseguir autorização para produzir novos modelos.
A Marcopolo abandonou projeto para produzir ônibus, também por falta de aval -atualmente, fabrica apenas componentes.
O Ipea mostra que o investimento brasileiro na China vem caindo desde 2006.
No ano passado, o maior parceiro comercial do Brasil foi apenas o 30º país receptor de investimento, com US$ 9 milhões (0,03% do total).
(FABIANO MAISONNAVE)


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