São Paulo, sábado, 09 de junho de 2007

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Cúpulas tendem a evitar surpresas

DA REDAÇÃO

A polêmica em torno do escudo antimísseis não estava na agenda oficial do G8, mas o russo Vladimir Putin tratou de cuidar para que ela não fosse esquecida. Fora isso -e a frustrada esperança da Alemanha de mudar a opinião do americano George W. Bush sobre aquecimento global-, a cúpula obedeceu ao roteiro pré-agendado. Como, aliás, costuma ocorrer em quase todas as reuniões desse tipo.
Para se ter uma idéia de como presidentes e premiês são pautados nesses encontros, no G8 os diplomatas que preparam as discussões prévias são chamados de "sherpas", como os guias que conduzem os alpinistas que escalam o Himalaia. Os sherpas discutem o que é prioritário e o que não deve ser discutido para não "ferir" ninguém.
Aos mandatários, sobra seguir o roteiro, azeitar a relação com outros líderes, conhecer os recém-chegados ao clube e desatar nós. Ser fotografado com outros líderes mundiais pega bem para seus públicos internos.
Na semana passada, os chanceleres do G8 se reuniram em Potsdam, também na Alemanha, para preparar os documentos firmados nesta semana. A regra diplomática é evitar surpresas.


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