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Obama começa hoje campanha em Estados-chave
Escolhido candidato à Presidência dos EUA, democrata quer mudar foco de discursos para economia, maior preocupação do eleitor
DA REDAÇÃO
Com a definição de sua candidatura à Presidência dos
EUA pelo Partido Democrata,
Barack Obama dá início oficial
à sua campanha e parte hoje
para um tour pelos "swing-states" -os Estados norte-americanos que, como um pêndulo,
variam sua preferência partidária a cada eleição.
A viagem de Obama começa
pela Carolina Norte e marca a
rápida transição depois de sábado, quando a ex-primeira-dama Hillary Clinton finalmente saiu da disputa pela candidatura do partido e declarou
total apoio ao ex-rival.
Ao decidir iniciar a campanha pela Carolina do Norte, onde os democratas não vencem
há pelo menos três décadas, o
senador -cuja candidatura será confirmada em convenção
em agosto- deixa clara sua intenção de competir agressivamente mesmo em redutos tradicionalmente republicanos.
Virgínia, Colorado e Nevada
também estão na sua agenda de
comícios. Segundo analistas, a
diferença extrema de perfis dos
candidatos deve acentuar a
tendência de que alguns Estados mudem de lado em relação
à eleição de 2004, quando o republicano George W. Bush se
reelegeu ao derrotar o democrata John Kerry.
Em seguida, Obama deve focar esforços na Flórida e em
Missouri, Estados que certamente serão decisivos no resultado das eleições em novembro
e onde o senador por Illinois
ainda precisa conseguir apoio
de boa parcela de eleitores.
A estratégia marca ainda sua
movimentação para ampliar
sua equipe no Partido Democrata e ganhar maior sustentação à campanha. Ontem, Jason
Furman, nome ligado diretamente ao ex-presidente Bill
Clinton, se juntou à equipe de
Obama, assumindo o posto de
diretor de política econômica.
Para vencer em novembro,
Obama sabe que precisa atrair
os eleitores que respaldaram a
ex-primeira-dama durante as
primárias: mulheres, operários
brancos, pessoas mais velhas e
o eleitorado hispânico.
Durante as primárias, Hillary
e Obama se comprometeram a
se unir contra o republicano
John McCain, independentemente de quem fosse escolhido
candidato. Porém, ainda parece
difícil descobrir a fórmula para
conquistar boa parte dos 17 milhões que apoiaram a senadora.
"Ele vai mostrar a clara diferença entre sua candidatura e a
de McCain quando a discussão
vier para a economia", disse Bill
Burton, porta-voz de Obama. A
declaração também indica o
desejo do senador de trazer o
debate para a área econômica,
após semanas de intensas discussões sobre política externa.
Os EUA passam por uma grave crise econômica que ameaça
culminar em recessão.
Com "Financial Times" e agências internacionais
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