São Paulo, quinta-feira, 09 de junho de 2011

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Surto de bactéria já passou da sua pior fase, diz ministro

Titular da pasta da Saúde na Alemanha, Daniel Bahr diz, porém, prever mais mortes; já foram registradas 26

União Europeia pede que país busque ajuda internacional para lidar com problema; pepino volta ao rol de suspeitos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ministro da Saúde da Alemanha, Daniel Bahr, afirmou que o número de novos casos de infectados pela bactéria Escherichia coli (E. coli) entero-hemorrágica está caindo consideravelmente, mas alertou que o número de mortos ainda deve crescer.
A bactéria já deixou 25 mortos na Alemanha e um na Suécia, e sua origem ainda é desconhecida. O governo alemão vem sendo criticado por apontar supostas origens do surto -pepinos e brotos de feijão- para logo depois ser desmentido por testes.
"Haverá novos casos e, infelizmente, podemos esperar mais mortes, mas o número de novas infecções caiu significativamente", disse Bahr.
"Não posso declarar o fim [do surto], mas, analisando as últimas informações, nós temos causa razoável de esperança. O pior já passou", acrescentou o ministro.
O chefe de Saúde da União Europeia, John Dalli, pediu ao país que busque ajuda de especialistas internacionais para lidar com a crise.
Dalli solicitou ainda que a Alemanha melhore os canais de informação sobre o surto e a coordenação de instituições e governos envolvidos na luta contra a bactéria.
Ontem, autoridades de Saxônia-Anhalt, no leste alemão, voltaram a levantar suspeitas sobre a contaminação por pepino. Uma família inteira adoeceu depois de consumir o vegetal, cuja procedência é desconhecida -os primeiros "pepinos suspeitos" eram espanhóis.
"Não está claro se foi o pepino que infectou as pessoas da família ou se foram as pessoas que contaminaram o pepino", disse Holger Paech, porta-voz da Secretaria da Saúde do Estado alemão.

AUTOANTICORPOS
O atual surto foi causado por uma variedade supertóxica de E. coli, normalmente encontrada nas fezes de humanos e animais. Ela pode se espalhar com maus hábitos de higiene, desde a fazenda até o preparo do alimento.
Mais de 2.700 pessoas em 12 países já apresentaram sintomas de infecções intestinais provocadas pela bactéria. Quase todos os casos registrados fora da Alemanha são de pessoas que moram ou viajaram ao país.
Em parte dos pacientes -principalmente crianças e idosos-, a infecção pode levar à síndrome hemolítico-urêmica, causada por uma toxina específica dessa variedade de E.coli e que resulta em insuficiência renal.
De acordo com cientistas das universidades de Greifswald e Bonn, a nova cepa da bactéria aparentemente provoca a formação de autoanticorpos, que atuam destrutivamente contra o próprio organismo dos pacientes.
Andreas Greinacher, especialista em transfusões de Greifswald, afirmou que a presença de autoanticorpos foi verificada só nos casos mais graves dos pacientes que contraíram a doença.
Segundo ele, quatro pacientes com quadro clínico grave foram tratados com uma diálise que filtra esses anticorpos, e os primeiros exames sanguíneos deram resultados "otimistas".


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