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Surto de bactéria já passou da sua pior fase, diz ministro
Titular da pasta da Saúde na Alemanha, Daniel Bahr
diz, porém, prever mais mortes; já foram registradas 26
União Europeia pede
que país busque ajuda
internacional para lidar
com problema; pepino
volta ao rol de suspeitos
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O ministro da Saúde da
Alemanha, Daniel Bahr, afirmou que o número de novos
casos de infectados pela bactéria Escherichia coli (E. coli)
entero-hemorrágica está
caindo consideravelmente,
mas alertou que o número de
mortos ainda deve crescer.
A bactéria já deixou 25
mortos na Alemanha e um na
Suécia, e sua origem ainda é
desconhecida. O governo
alemão vem sendo criticado
por apontar supostas origens
do surto -pepinos e brotos
de feijão- para logo depois
ser desmentido por testes.
"Haverá novos casos e, infelizmente, podemos esperar
mais mortes, mas o número
de novas infecções caiu significativamente", disse Bahr.
"Não posso declarar o fim
[do surto], mas, analisando
as últimas informações, nós
temos causa razoável de esperança. O pior já passou",
acrescentou o ministro.
O chefe de Saúde da União
Europeia, John Dalli, pediu
ao país que busque ajuda de
especialistas internacionais
para lidar com a crise.
Dalli solicitou ainda que a
Alemanha melhore os canais
de informação sobre o surto e
a coordenação de instituições e governos envolvidos
na luta contra a bactéria.
Ontem, autoridades de Saxônia-Anhalt, no leste alemão, voltaram a levantar
suspeitas sobre a contaminação por pepino. Uma família
inteira adoeceu depois de
consumir o vegetal, cuja procedência é desconhecida
-os primeiros "pepinos suspeitos" eram espanhóis.
"Não está claro se foi o pepino que infectou as pessoas
da família ou se foram as pessoas que contaminaram o pepino", disse Holger Paech,
porta-voz da Secretaria da
Saúde do Estado alemão.
AUTOANTICORPOS
O atual surto foi causado
por uma variedade supertóxica de E. coli, normalmente
encontrada nas fezes de humanos e animais. Ela pode se
espalhar com maus hábitos
de higiene, desde a fazenda
até o preparo do alimento.
Mais de 2.700 pessoas em
12 países já apresentaram
sintomas de infecções intestinais provocadas pela bactéria. Quase todos os casos registrados fora da Alemanha
são de pessoas que moram
ou viajaram ao país.
Em parte dos pacientes
-principalmente crianças e
idosos-, a infecção pode levar à síndrome hemolítico-urêmica, causada por uma
toxina específica dessa variedade de E.coli e que resulta
em insuficiência renal.
De acordo com cientistas
das universidades de Greifswald e Bonn, a nova cepa da
bactéria aparentemente provoca a formação de autoanticorpos, que atuam destrutivamente contra o próprio organismo dos pacientes.
Andreas Greinacher, especialista em transfusões de
Greifswald, afirmou que a
presença de autoanticorpos
foi verificada só nos casos
mais graves dos pacientes
que contraíram a doença.
Segundo ele, quatro pacientes com quadro clínico
grave foram tratados com
uma diálise que filtra esses
anticorpos, e os primeiros
exames sanguíneos deram
resultados "otimistas".
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