São Paulo, domingo, 09 de julho de 2006

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Para analista, "herança maldita" alavanca aprovação a argentino

DA REPORTAGEM LOCAL

A popularidade do presidente Néstor Kirchner, mais de três anos depois de tomar posse, permanece com índices invejáveis a qualquer líder no mundo. Pesquisa feita no último dia 23 de junho aponta que o mandatário argentino atinge 66,2% de classificação "boa" ou "muito boa".
Kirchner mostra que sua imagem está descolada da avaliação dos argentinos sobre o momento do país de modo geral e sua situação econômica.
De acordo com enquete realizada pela consultora OPSM-Zuleta com 1.100 entrevistados em 65 cidades da Argentina, 40,3% da população enxerga o país em um bom momento e 34% fazem uma avaliação positiva da política econômica argentina -ambos os números tiveram queda em relação a períodos anteriores.
"Na Argentina existe a idéia de que Kirchner forma parte da solução e não é um dos responsáveis pelos problemas, ou seja, as pessoas acreditam que há uma pesada herança que a década de 90 legou", afirma à Folha Enrique Zuleta Puceiro, diretor do instituto.
De acordo com Zuleta, outra razão para a manutenção de sua popularidade é a percepção entre os argentinos de que não há uma alternativa clara a Kirchner, materializada em um nome e imagem fortes.
"As pessoas têm resistência a exercer juízos de valor negativos, porque há a impressão de que, sem uma alternativa, elas criticam por criticar quem está no poder e acabam desbaratando uma oportunidade."
Zuleta ressalta que, para fazer frente a Kirchner, a oposição, cujo nome mais forte é o ex-ministro da Economia Roberto Lavagna, precisará se reorganizar e ao mesmo tempo não colar sua imagem a personagens já conhecidos da política argentina. (SOS)


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