São Paulo, Sexta-feira, 09 de Julho de 1999 |
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CATÁSTROFE EVITADA Calma da tripulação, bom tempo e resgate rápido impedem tragédia na costa da Suécia Navio pega fogo e 1.339 são resgatados
das agências internacionais Cerca de 1.300 pessoas foram resgatadas com vida na madrugada de ontem de um navio em chamas na costa da Suécia. O Prinsesse Ragnhild havia partido de Kiel, na Alemanha, com destino a Oslo (capital da Noruega). Uma norueguesa de 73 anos foi a única vítima fatal no incidente. Ela sofreu um ataque cardíaco e morreu horas mais tarde no hospital. Até a noite de ontem, 13 pessoas permaneciam internadas em estado de choque ou devido à inalação de fumaça. O fogo começou na sala de máquinas do navio às 2h de ontem (21h de anteontem, no horário de Brasília), quando a embarcação estava a cerca de 6 milhas náuticas (11 km) da cidade sueca de Gotemburgo. As razões do incêndio ainda são desconhecidas. Os 1.167 passageiros e 172 tripulantes foram transferidos para botes salva-vidas infláveis. Em pouco mais de uma hora, cerca de 20 barcos pesqueiros e sete helicópteros se aproximaram para ajudar no resgate. Tripulação calma Mais tarde, os passageiros elogiaram a tripulação por ter conseguido manter a calma durante a situação de emergência. "Eles conseguiram manter as pessoas calmas. Nem mesmo as crianças estavam chorando", disse a norueguesa Unni Soerensen, que viajava com a família em comemoração ao 46º aniversário de casamento de seus pais. As boas condições climáticas também contribuíram para o sucesso do resgate. Em apenas três horas, todos os passageiros e tripulantes já haviam sido transferidos a outras embarcações e o fogo já estava controlado. Equipes de resgate da Noruega, da Dinamarca e da Suécia participaram da operação. Os passageiros foram levados a uma base militar em Gotemburgo, de onde foram transportados depois de ônibus ao porto, para buscar seus pertences e veículos no navio resgatado. Em seguida, parte dos passageiros continuou viagem de ônibus para Oslo. O Prinsesse Ragnhild, fabricado na Alemanha, pertence à empresa norueguesa Color Group. O navio tem capacidade para transportar 1.875 passageiros e 770 carros. Ele entrou em operação em 1981 e passou por reformas em 1992. Segundo a empresa proprietária da embarcação, os prejuízos causados pelo incêndio e referentes aos dias em que o navio terá de ficar parado para que sejam realizados reparos serão cobertos por seguro. O pior desastre marítimo na região dos países nórdicos ocorreu em 1994, quando uma embarcação que fazia uma viagem noturna entre a Estônia e a Suécia afundou, matando 854 pessoas. Texto Anterior: ONG critica pragmatismo Índice |
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