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ORIENTE MÉDIO
Foi a 1ª reunião desde que Bush descartou o líder palestino, em junho
Enviados de Arafat encontram Powell
DA REDAÇÃO
Integrantes da administração palestina e autoridades de alto escalão do governo americano se reuniram ontem pela primeira vez desde que o presidente dos
EUA, George W. Bush, descartou o líder da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Iasser Arafat, como parceiro em negociações.
Uma comitiva de ministros palestinos, liderados por Saeb Erekat, principal negociador da ANP,
se encontraram com o secretário
de Estado dos EUA, Colin Powell,
e com a assessora de Segurança
Nacional, Condoleezza Rice, em
Washington. Erekat é uma das
pessoas mais próximas a Arafat, e
todos os ministros que estiveram
presentes à reunião foram escolhidos pelo presidente da ANP.
Powell disse, após se reunir com
os palestinos, que os EUA devem
alterar o foco da sua política para
o Oriente Médio, incentivando
palestinos e israelenses a aumentarem a segurança na região.
"Gangue de assassinos"
O primeiro-ministro de Israel,
Ariel Sharon, disse ontem que os
israelenses não podem negociar
um acordo de paz "com a gangue
de assassinos e terroristas que é a
ANP; descartá-los é única saída
para conseguirmos a paz".
Segundo Sharon, Israel não está
em guerra contra a população palestina. O alvo israelense, afirma, é
"apenas aqueles que estiverem
envolvidos com atividades terroristas; os demais receberão toda a
ajuda possível de Israel".
O premiê acrescentou que acredita que os palestinos não envolvidos com o terrorismo "desejem
a paz" tanto quanto os israelenses.
Os palestinos aceitaram anteontem uma proposta israelense para
a retirada gradual de territórios
reocupados na faixa de Gaza e na
Cisjordânia. Israel está disposto a
sair inicialmente da faixa de Gaza.
Em troca, exige que a ANP impeça a atividade dos grupos extremistas na região.
Amanhã, o diretor da CIA (serviço de inteligência dos EUA),
George Tenet, irá se encontrar
com ministros palestinos para
elaborar um plano de segurança
na Cisjordânia e na faixa de Gaza.
Ontem, Israel demoliu mais
quatro casas de militantes palestinos suspeitos de envolvimento
com terrorismo em diferentes cidades da Cisjordânia. Em resposta a uma ação israelense na faixa de Gaza, centenas de crianças palestinas atiraram pedras em tanques de Israel. Disparos israelenses acabaram matando um adolescente. O Exército afirma que os soldados corriam risco de morte.
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