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Embaixador da Venezuela volta a Bogotá
DA REDAÇÃO
Onze dias depois de
anunciar o "congelamento" das relações de seu país
com a Colômbia, o presidente da Venezuela, Hugo
Chávez, decidiu enviar de
volta a Bogotá o embaixador venezuelano na madrugada de ontem.
Chávez havia retirado o
representante diplomático e ameaçado a Colômbia
com retaliações comerciais em 28 de julho em
protesto contra as negociações entre Bogotá e
Washington para permitir
aos EUA o uso de até sete
bases militares no país.
Não houve mudanças
nos planos da Colômbia,
mas Chávez anunciou que
agora fará uma aposta pela
"paz" logo após reunir-se
na capital venezuelana
com o grupo Colombianos
pela Paz, liderado por sua
aliada e senadora colombiana de oposição a Uribe,
Piedad Córdoba.
A organização prega diálogo político entre governo e guerrilha para trocar
sequestrados pelas Farc
por guerrilheiros presos,
opção que Bogotá descarta
enquanto os acusa de dar
fôlego à guerrilha.
O venezuelano e a senadora Piedad voltaram a pedir que uma solução política para o conflito colombiano. A visita da senadora
ocorre um dia depois de
Chávez receber o ex-presidente Ernesto Samper
(1994-1998), também de
oposição a Uribe, para discutir a relação bilateral.
"Vamos "desuribizar" o
diálogo com a Colômbia",
propôs Chávez, chamando
também para encontros
prefeitos das cidades colombianas da fronteira.
Em nota, Uribe reagiu
advertindo que, de acordo
com a Constituição, só o
presidente pode coordenar a política externa.
Chávez -impopular na
Colômbia do popular Uribe- atrai a oposição do
país num momento em
que o acordo militar negociado com os EUA se
transformou num tema
das eleições presidenciais
em 2010. Os opositores cobram mais transparência e
criticam a opção exclusivamente militar para resolver o conflito.
Ontem, não ficou claro
se restrições comerciais à
Colômbia anunciadas por
Chávez -como a suspensão de um acordo de importação de 10 mil carros
colombianos- também ficaram sem efeito.
"Vou fazer o humanamente possível para evitar
a confrontação", disse o
venezuelano que pregou a
criação das "bases da paz"
dias depois de anunciar
que compraria tanques
russos em resposta ao
acordo do vizinho com
Washington.
Com agências internacionais
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