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Após ataque ao presidente, bomba mata 30 na Argélia
Na quinta-feira Bouteflika escapou de suicida que deixou 22 mortos no leste do país
Explosão de carro-bomba jogado ontem contra chalés de guarda-costas resultou também em mais de 60 feridos, muitos deles civis
Um ataque com uma caminhonete repleta de explosivos
deixou ontem 30 mortos, a
maioria guarda-costas das forças navais argelinas, e cerca de
60 feridos, vários deles civis,
em Cabília, cidade 70 km a leste
de Argel, a capital do país. A autoria foi reivindicada pela Al
Qaeda no Magreb Islâmico.
Na quinta-feira, um atentado
suicida contra o presidente argelino Abdelaziz Bouteflika na
cidade de Batna, no leste do
país, resultou em 22 mortos e
mais de cem feridos. Um homem identificado como Abu
Mokdad, 28, detonou os explosivos que carregava antes de
passar próximo ao presidente.
"Beco sem saída"
Em declaração à TV, o presidente insistiu que, apesar do
terrorismo, não modificará
suas estratégias de paz.
O ministro do Interior, Yazid
Zerhuni, considerou que o fato
de o ataque ao mandatário ter
sido evitado demonstrou que
os terroristas "estão em um beco sem saída", acrescentando
que as Forças Armadas possuem novos métodos para
combatê-los.
Ontem, a caminhonete foi
lançada contra o abrigo dos
guarda-costas no porto de
Dellys, destruindo vários chalés e espalhando restos de madeira, metal e concreto. O automóvel servia ao abastecimento
do quartel. Seu motorista foi
seqüestrado pelo suicida, diz
investigação preliminar.
A organização terrorista Al
Qaeda no Magreb Islâmico, antigo Grupo Salafista para a Pregação e o Combate, assumiu a
autoria do ataque, segundo a
TV Al Jazeera. A emissora informou que a Al Qaeda no Magreb disse estar por trás dos
atentados em declaração na internet, sem dar mais detalhes.
Os atentados acontecem próximos à chegada do Ramadã, o
que preocupa as autoridades.
A Al Qaeda no Magreb difundiu pela internet diversos vídeos e mensagens afirmando
que "dezenas de jovens" buscam o martírio, a partir da sustentação de que "Deus recomenda acelerar a Guerra Santa
durante o mês de jejum e abstinência" -o Ramadã. A região
onde fica o porto de Dellys foi
cenário de vários atentados islamitas nos últimos anos.
No último dia 11 de abril, um
atentado contra o palácio do
governo e uma delegacia matou
30 pessoas. Em 11 de julho, um
quartel foi atacado por um suicida a bordo de um veículo frigorífico também carregado de
explosivos em Lajdaria, cidade
ao leste de Argel. Dez militares
morreram e 35 ficaram feridos.
Com agências internacionais
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