São Paulo, Sábado, 09 de Outubro de 1999
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REAÇÃO

Chile tem manifestações sem violência

das agências internacionais

O governo chileno voltará a invocar razões humanitárias na tentativa de conseguir a libertação do ex-ditador Augusto Pinochet, afirmou o ministro das Relações Exteriores do Chile, Juan Gabriel Valdés.
A reação foi de tranquilidade no país. Centenas de familiares de presos, mortos e desaparecidos durante o governo de Pinochet e ativistas dos direitos humanos realizaram uma passeata pelo centro de Santiago para comemorar a decisão.
Pela manhã, partidários do general queimaram bandeiras espanholas e do Reino Unido em protesto contra a decisão da Justiça britânica.
Não houve distúrbios, diferentemente do dia em que a Câmara dos Lordes britânica anunciou que Pinochet não tinha direito a imunidade por ser senador vitalício no Chile. Nesse dia, pelo menos 20 pessoas foram detidas e duas ficaram feridas, durante manifestações.
Valdés afirmou que, caso Pinochet regresse ao Chile, "deverá enfrentar os processos judiciais que há contra ele, como qualquer cidadão na mesma situação". Atualmente há 40 ações contra o general na Justiça chilena.
Valdés afirmou que um agravamento da situação de Pinochet pode introduzir obstáculos no atual processo político do país.


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