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AFEGANISTÃO
Atentados do Taleban neste ano são recorde, diz Otan
DA REDAÇÃO
Comandos do grupo integrista islâmico Taleban praticaram neste ano 78 atentados no Afeganistão, matando
cerca de 200 pessoas, informou ontem a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), responsável pelos
militares estrangeiros e também pela segurança interna
naquele país.
O balanço dá conta que a
violência recrudesceu com a
adoção, pelo Taleban, de ataques suicidas e explosões por
controle remoto, a exemplo
da insurgência no Iraque.
São técnicas "mais sofisticadas" que se traduziram por
"uma mudança extraordinária" no número de mortos,
segundo estudo de uma consultoria contratada nos Estados Unidos pelo Pentágono.
Em 2003 foram apenas
seis atentados-suicidas; em
2004 foram seis; no ano passado eles já haviam aumentado para 21.
As vítimas deste ano estão
distribuídas da seguinte maneira: 142 civis afegãos, 40
policiais locais e 13 militares
estrangeiros. Dez atentados
foram neutralizados antes de
ocorrerem, enquanto a polícia afegã afirma que apenas
na semana passada desmontou 17 outros ataques.
As forças estrangeiras invadiram o Afeganistão no final de 2001, e depuseram o
governo do Taleban, que
abrigava bases da Al Qaeda,
organização responsável pelo 11 de Setembro.
O comandante das forças
da Otan no Afeganistão, general britânico David Richards, afirmou ontem ser
"bastante covarde a utilização de suicidas" e que essa
forma de atacar a população
civil "demonstra fraqueza e
não a força" dos guerrilheiros islâmicos.
Richards também afirmou, segundo a BBC, que
70% da população passará a
apoiar o Taleban se nos próximos seis meses o quadro de
segurança interno não apresentar sensível melhora.
A seu ver, os afegãos prefeririam a volta de um regime
"austero e desagradável", deposto por forças comandadas pelos EUA, em lugar de
mais cinco anos de combate.
Richards fez o alerta um
dia depois que o premiê britânico, Tony Blair, defendeu
o envio de mais soldados do
país ao Afeganistão. Para o
general, são necessários pelo
menos mais 2.500 homens
para formar um batalhão de
reserva que auxilie nos esforços de reconstrução e desenvolvimento do país.
Com agências internacionais
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