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Hugo Chávez pede a venezuelanos que se preparem para guerra
Fala foi feita em programa de rádio e TV, após presidente
criticar acordo sobre uso de bases na Colômbia pelos EUA
Declarações ocorrem em
meio ao aumento da tensão
com Bogotá; Caracas enviou
15 mil homens para região
de fronteira nos últimos dias
DA REDAÇÃO
Em mais um episódio de sua
escalada verbal contra a Colômbia e os EUA, o presidente
da Venezuela, Hugo Chávez,
exortou ontem o país a se "preparar para a guerra".
"Não percamos um dia em
nossa principal missão: preparar-nos para a guerra e ajudar o
povo a se preparar para a guerra, porque é responsabilidade
de todos", afirmou Chávez, em
seu programa de rádio e TV.
As declarações de Chávez,
que chegou a tenente-coronel
em sua carreira militar, ocorrem em meio ao aumento da
tensão com a Colômbia. Caracas "congelou" as relações com
Bogotá após o anúncio do pacto
Colômbia-EUA, que aumenta a
presença militar americana em
território colombiano.
Em alusão ao acordo, o mandatário venezuelano disse que
o governo da Colômbia "se
transferiu agora aos EUA". "O
governo e a oligarquia colombianas tiraram as máscaras."
Chávez pediu ao presidente
dos EUA, Barack Obama, que
não ordene "uma agressão à
Venezuela usando a Colômbia". "O império [EUA] está vivo e ameaçador."
A crise bilateral também é
alimentada por vários incidentes violentos registrados nos
últimos dias na fronteira entre
os dois países, região com presença de guerrilheiros, paramilitares e narcotraficantes.
Chávez atribuiu as mortes na
região ao transbordamento do
conflito armado colombiano,
que diz ser insuflado por Bogotá, e anunciou o envio de 15 mil
soldados para a divisa com a
Colômbia e o Brasil.
Os novos atritos levaram o
assessor internacional da Presidência do Brasil, Marco Aurélio Garcia, a sugerir que Colômbia e Venezuela promovam um
"pacto de não agressão".
A retórica belicista de Chávez pode ser lida como uma
maneira de desviar a atenção
de problemas internos. A Venezuela enfrenta crise no abastecimento de água -Caracas iniciou um drástico racionamento
na última semana- e de energia, com blecautes frequentes.
Com agências internacionais
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