São Paulo, sábado, 09 de dezembro de 2006

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INCERTEZAS EM CUBA

Fidel está em fase terminal e rejeita radioterapia, diz jornal

DA REDAÇÃO

O ditador cubano, Fidel Castro, está na fase terminal de um câncer no intestino e se recusa a se submeter a sessões de radioterapia, afirmou ontem o jornal britânico "Independent". Ainda segundo a apuração do jornal com diplomatas ocidentais, Fidel poderia morrer neste ano.
O ditador cubano afastou-se do poder no último dia 31 de julho para se submeter a uma cirurgia no intestino. Seu irmão Raúl Castro assumiu seu lugar, e, desde então, são raras as informações divulgadas sobre seu estado de saúde. Em setembro, a Folha divulgou que a razão da operação fora um câncer.
O "Independent" lembra que a versão divulgada por dirigentes cubanos de que Fidel sofre de uma doença que não ameaça sua vida recebe pouco crédito de governos ocidentais, preocupados com os desdobramentos da morte do dirigente.
Segundo o jornal, há de um lado o temor do êxodo de cubanos na direção dos Estados Unidos. De outro lado, há a preocupação de que a comunidade anticastristas no sul da Flórida procure desestabilizar o regime, enviando embarcações para a ilha na esperança de que a população se levante contra a ditadura comunista.
"Os cubanos estão habituados a conviver com pouca informação oficial, sob o pretexto da segurança interna", diz o artigo do "Independent". "De qualquer modo, o que quer que aconteça em Cuba influenciará a política interna dos EUA. Em 2000 o então presidente Clinton permitiu que uma criança, Elián González, fosse repatriado para seus país. Em protesto, os cubanos e descendentes votaram maciçamente em George W. Bush nas eleições daquele ano, nas até hoje controvertidas apurações das urnas no Estado da Florida."


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