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Crise hondurenha opõe Mercosul a convidados
DA ENVIADA A MONTEVIDÉU
A eleição presidencial do último dia 29 em Honduras foi
tema de atrito entre representantes de governos latino-americanos, reunidos ontem em
Montevidéu, na Cúpula de Presidentes do Mercosul.
Os presidentes de Brasil
(Luiz Inácio Lula da Silva), Argentina (Cristina Kirchner),
Uruguai (Tabaré Vázquez), Paraguai (Fernando Lugo), Venezuela (Hugo Chávez) e Equador
(Rafael Correa) divulgaram comunicado em que "manifestam
total e pleno desconhecimento
das eleições, realizadas num
ambiente de inconstitucionalidade, ilegitimidade e ilegalidade, constituindo duro golpe aos
valores democráticos para a
América Latina e Caribe".
Na reunião de cúpula, porém,
representantes dos governos
de México, Chile, Peru e Colômbia deixaram transparecer
aquiescência com a eleição, que
deu a vitória ao conservador
Porfirio Lobo, sem a restituição
prévia dos poderes do presidente deposto Manuel Zelaya,
que está abrigado na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa.
"Acreditamos que as recentes eleições são condição necessária, mas não suficiente para a representação democrática
em Honduras. O México mantém a posição de incentivar o
diálogo e dar espaço para que
todos os setores da sociedade
hondurenha se expressem",
afirmou a chanceler mexicana,
Patricia Espinosa.
Dizendo-se "muito preocupado com a intervenção da
chanceler mexicana", Chávez
pediu "cuidado com os que começam a buscar saídas honrosas" para o golpe.
Cristina Kirchner respaldou
o presidente venezuelano dizendo que "defender a democracia não é algo que se possa
fazer pela metade".
(SILVANA ARANTES)
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