São Paulo, quarta-feira, 09 de dezembro de 2009

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Crise hondurenha opõe Mercosul a convidados

DA ENVIADA A MONTEVIDÉU

A eleição presidencial do último dia 29 em Honduras foi tema de atrito entre representantes de governos latino-americanos, reunidos ontem em Montevidéu, na Cúpula de Presidentes do Mercosul.
Os presidentes de Brasil (Luiz Inácio Lula da Silva), Argentina (Cristina Kirchner), Uruguai (Tabaré Vázquez), Paraguai (Fernando Lugo), Venezuela (Hugo Chávez) e Equador (Rafael Correa) divulgaram comunicado em que "manifestam total e pleno desconhecimento das eleições, realizadas num ambiente de inconstitucionalidade, ilegitimidade e ilegalidade, constituindo duro golpe aos valores democráticos para a América Latina e Caribe".
Na reunião de cúpula, porém, representantes dos governos de México, Chile, Peru e Colômbia deixaram transparecer aquiescência com a eleição, que deu a vitória ao conservador Porfirio Lobo, sem a restituição prévia dos poderes do presidente deposto Manuel Zelaya, que está abrigado na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa.
"Acreditamos que as recentes eleições são condição necessária, mas não suficiente para a representação democrática em Honduras. O México mantém a posição de incentivar o diálogo e dar espaço para que todos os setores da sociedade hondurenha se expressem", afirmou a chanceler mexicana, Patricia Espinosa.
Dizendo-se "muito preocupado com a intervenção da chanceler mexicana", Chávez pediu "cuidado com os que começam a buscar saídas honrosas" para o golpe.
Cristina Kirchner respaldou o presidente venezuelano dizendo que "defender a democracia não é algo que se possa fazer pela metade". (SILVANA ARANTES)


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