|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ISRAEL
Para o premiê, caso de doação ilegal é mentira trabalhista
Sharon se defende, mas juiz eleitoral interrompe o seu discurso na TV
DA REDAÇÃO
O premiê de Israel, Ariel Sharon, concedeu ontem entrevista
coletiva para se defender das denúncias de que teria recebido
doação ilegal de campanha. O caso abala a imagem de seu partido,
o Likud (centro-direita), às vésperas das eleições de 28 de janeiro.
A transmissão ao vivo na TV de
seu pronunciamento foi interrompida no meio, por ordem de
um juiz do Comitê Eleitoral Central, que considerou que o governante estava fazendo propaganda
política não autorizada por lei.
Sharon acusou o Partido Trabalhista (centro-esquerda) de tentar
derrubar o seu governo com
mentiras. Atacou nominalmente
o candidato trabalhista a premiê,
Amram Mitzna. "Nunca imaginei
que o comportamento do Partido
Trabalhista seria tão irresponsável", disse. "Tentaram nos mostrar como uma máfia por razões
políticas."
A imprensa do país revelou nesta semana que o premiê recebeu
empréstimo de US$ 1,5 milhão de
um empresário sul-africano. O
dinheiro teria sido usado na devolução de verbas recebidas ilegalmente para a sua campanha pela
liderança do Likud, em 1999.
Sharon disse que um de seus filhos possui documentos que
comprovam que as transações foram feitas legalmente.
A Suprema Corte de Israel anulou ontem uma decisão do Comitê Eleitoral que havia proibido
dois deputados árabes israelenses
de concorrer à reeleição. Com a
resolução, Ahmed Tibi e Azmi
Bishara poderão disputar o pleito
normalmente. O partido árabe
Balad ganhou o direito a apresentar sua lista de candidatos.
Tibi e Bishara haviam sido suspensos após defenderem o levante palestino (Intifada) e por terem
questionado o caráter judaico do
Estado de Israel. A decisão pode
acalmar as tensas relações entre a
maioria judaica e os cerca de 1,2
milhão de árabes do país.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Iraque na mira: ONU diz que ainda não achou nada relevante Próximo Texto: EUA: Decisão de negar acesso a acusações para americano detido é criticada Índice
|