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REINO UNIDO
Príncipe Edward e Sophie Rhys-Jones vivem relacionamento fora do padrão aristocrático da realeza britânica
Família real ganha casal "moderno"
ISABEL CLEMENTE
de Londres
A futura princesa Sophie Rhys-Jones, 33, já usufruía, como namorada do príncipe Edward, de privilégios "modernos" que as outras
princesas não tiveram antes dos
casamentos reais.
Sophie Rhys-Jones (pronuncia-se Sofi Ris Djones) tinha, por
exemplo, um quarto só para si, no
apartamento do príncipe, dentro
do Palácio de Buckingham.
Tal proximidade foi conquistada
ao longo dos cinco anos de namoro com o filho mais novo da rainha
Elizabeth 2ª. No período, ela também conquistou fãs no meio monárquico, como o futuro sogro,
duque de Edimburgo.
O longo convívio com a família
real fez com que a imprensa especializada em monarquia classificasse Sophie como "a mais bem-preparada para o papel de princesa", em comparação com Diana
Spencer e Sarah Ferguson.
O elogio, em meio a tantos paralelos traçados com a princesa Diana, surge como uma compensação
para o fato de Sophie ser uma "intrusa" no restrito círculo da família real britânica.
Ao contrário de Diana e Sarah,
cujas famílias já pertenciam à alta
roda da sociedade britânica, Sophie vem da classe média.
Diana conheceu Charles, com
quem se casou em 81, em um dos
programas conjuntos de sua família, os Spencer, com os Windsor.
Seu pai era conde e sua avó materna, amiga da rainha-mãe.
Sarah entrou para a família real
casando-se com o príncipe Andrew. Cresceu acostumada à presença de príncipes, duques e outros nobres. Divorciou-se em 92.
Já o romance de Sophie e Edward
começou a partir de um encontro
de negócios, em 93. Sophie havia
sido contratada para promover
um torneio de tênis organizado
por Edward. Posaram juntos para
uma foto promocional e não se
deixaram desde então.
Foi justamente o perfil antiaristocrático de Sophie o que atraiu
Edward, dizem os biógrafos da futura princesa no livro "Sophie's
Kiss" (O beijo de Sophie).
O príncipe, que quebrou a tradição real de servir à Marinha para
optar pela carreira artística até fixar-se como produtor de TV, costuma apresentar-se como Edward
Windsor, abandonando o título
real.
Tanto é que a imprensa local já
especula se o novo casal real não
optará simplesmente pelo título de
"Mr" e "Mrs" (senhor e senhora)
Windsor. Tradicionalmente, os filhos da rainha ganham um título
de duque quando casam.
Se hoje é dona da própria empresa -de relações públicas-, Sophie tem em seu currículo até emprego de garçonete.
A noiva real está decidida a manter sua carreira após o casamento,
assim como o príncipe, que tem
uma produtora.
A vida amorosa pregressa de Sophie inclui aventuras românticas
que a levaram para a Austrália,
com um instrutor de esqui.
A lista de namorados tem rendido várias reportagens para os tablóides sensacionalistas, sedentos
de histórias de uma figura real,
desde a trágica morte de Diana, em
97. Nenhuma reportagem teve
uma abordagem pejorativa.
As comparações com Diana crescem a cada dia. Um tablóide publicou várias fotos das duas lado a lado questionando os leitores sobre
se "ela (Sophie) não era familiar".
Sabe-se que ser rotulada de clone
de Diana irrita Sophie.
Ela e o irmão estudaram em universidades privadas graças ao esforço da família. O pai, Christopher, 67, foi negociante de pneus.
A mãe, Mary, 55, foi secretária.
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