São Paulo, domingo, 10 de janeiro de 1999

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REINO UNIDO
Príncipe Edward e Sophie Rhys-Jones vivem relacionamento fora do padrão aristocrático da realeza britânica
Família real ganha casal "moderno"

ISABEL CLEMENTE
de Londres

A futura princesa Sophie Rhys-Jones, 33, já usufruía, como namorada do príncipe Edward, de privilégios "modernos" que as outras princesas não tiveram antes dos casamentos reais.
Sophie Rhys-Jones (pronuncia-se Sofi Ris Djones) tinha, por exemplo, um quarto só para si, no apartamento do príncipe, dentro do Palácio de Buckingham.
Tal proximidade foi conquistada ao longo dos cinco anos de namoro com o filho mais novo da rainha Elizabeth 2ª. No período, ela também conquistou fãs no meio monárquico, como o futuro sogro, duque de Edimburgo.
O longo convívio com a família real fez com que a imprensa especializada em monarquia classificasse Sophie como "a mais bem-preparada para o papel de princesa", em comparação com Diana Spencer e Sarah Ferguson.
O elogio, em meio a tantos paralelos traçados com a princesa Diana, surge como uma compensação para o fato de Sophie ser uma "intrusa" no restrito círculo da família real britânica.
Ao contrário de Diana e Sarah, cujas famílias já pertenciam à alta roda da sociedade britânica, Sophie vem da classe média.
Diana conheceu Charles, com quem se casou em 81, em um dos programas conjuntos de sua família, os Spencer, com os Windsor. Seu pai era conde e sua avó materna, amiga da rainha-mãe.
Sarah entrou para a família real casando-se com o príncipe Andrew. Cresceu acostumada à presença de príncipes, duques e outros nobres. Divorciou-se em 92.
Já o romance de Sophie e Edward começou a partir de um encontro de negócios, em 93. Sophie havia sido contratada para promover um torneio de tênis organizado por Edward. Posaram juntos para uma foto promocional e não se deixaram desde então.
Foi justamente o perfil antiaristocrático de Sophie o que atraiu Edward, dizem os biógrafos da futura princesa no livro "Sophie's Kiss" (O beijo de Sophie).
O príncipe, que quebrou a tradição real de servir à Marinha para optar pela carreira artística até fixar-se como produtor de TV, costuma apresentar-se como Edward Windsor, abandonando o título real.
Tanto é que a imprensa local já especula se o novo casal real não optará simplesmente pelo título de "Mr" e "Mrs" (senhor e senhora) Windsor. Tradicionalmente, os filhos da rainha ganham um título de duque quando casam.
Se hoje é dona da própria empresa -de relações públicas-, Sophie tem em seu currículo até emprego de garçonete.
A noiva real está decidida a manter sua carreira após o casamento, assim como o príncipe, que tem uma produtora.
A vida amorosa pregressa de Sophie inclui aventuras românticas que a levaram para a Austrália, com um instrutor de esqui.
A lista de namorados tem rendido várias reportagens para os tablóides sensacionalistas, sedentos de histórias de uma figura real, desde a trágica morte de Diana, em 97. Nenhuma reportagem teve uma abordagem pejorativa.
As comparações com Diana crescem a cada dia. Um tablóide publicou várias fotos das duas lado a lado questionando os leitores sobre se "ela (Sophie) não era familiar". Sabe-se que ser rotulada de clone de Diana irrita Sophie.
Ela e o irmão estudaram em universidades privadas graças ao esforço da família. O pai, Christopher, 67, foi negociante de pneus. A mãe, Mary, 55, foi secretária.



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