São Paulo, sábado, 10 de fevereiro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Morales só vem ao Brasil se o gás aumentar

FABIANO MAISONNAVE
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de confirmar a viagem nesta semana, Evo Morales voltou a condicionar a visita de Estado marcada para a próxima quarta-feira a Brasília a um pré-acordo sobre o aumento do preço do gás, disse ontem à Folha um alto funcionário do governo boliviano.
"Se não houver um passo concreto para resolver o problema do preço do gás do GSA [Petrobras] e de Cuiabá, a visita está ameaçada" disse.
Morales considera o preço do gás o "tema fundamental" na agenda com o Brasil e crê que a visita não tenha sentido sem uma sinalização positiva de avanço.
A Bolívia quer que o gás vendido ao Brasil alcance um preço igual ao pago pela Argentina, US$ 5 por milhão de BTU (unidade térmica britânica). A Petrobras, que paga cerca de US$ 4,3 por milhão de BTU, tem resistido a aumentar o preço. Já a empresa Pantanal Energia, que leva o gás a Cuiabá por US$ 1 por milhão de BTU, afirma que concorda em aumentar o preço, mas que ainda não se chegou a uma fórmula para isso.
O chanceler Celso Amorim disse que o preço do gás não deve ser tratado do ponto de vista político.


Texto Anterior: Bolívia nacionaliza mineradora suíça
Próximo Texto: Enviado de Washington propõe "pan-americanismo do século 21"
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.