São Paulo, sábado, 10 de fevereiro de 2007

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Antes aliada, Argentina anuncia que fechará representação militar na Otan

DE BUENOS AIRES

O governo de Néstor Kirchner decidiu afastar a Argentina da Otan, ordenando o fechamento de sua representação ligada à aliança militar ocidental na Bélgica e o cancelamento da ajuda para o contingente militar em Kosovo, onde a Otan mantém uma missão.
Em 1997, sob a diretriz de alinhamento político com os EUA empreendida pelo governo de Carlos Menem, a Argentina ganhou a condição preferencial de país aliado extra-Otan, designada por Washington. Na época, o então presidente Bill Clinton afirmou que era "um reconhecimento à extraordinária contribuição do país para a manutenção da paz".
Agora, Kirchner toma o caminho contrário, remanejando as representações militares pelo mundo (países como Coréia do Sul e Índia devem estar entre os novos destinos) e restringindo a atuação de soldados nas forças de paz da ONU. A Argentina atua hoje em missões de paz da ONU no Haiti, junto com o Brasil, e no Chipre.
O governo confirmou as alterações, mas não se pronunciou oficialmente sobre o rompimento formal da aliança com a Otan. Na prática, as medidas envolvem a retirada de todos os pontos de contato.
A contribuição argentina em Kosovo, que será retirada no início de março, existe desde 1999. Representa hoje entre 40 e 50 homens e é considerada por analistas como sendo mais "simbólica" do que efetiva.


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