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Antes aliada, Argentina anuncia que fechará representação militar na Otan
DE BUENOS AIRES
O governo de Néstor Kirchner decidiu afastar a Argentina
da Otan, ordenando o fechamento de sua representação ligada à aliança militar ocidental
na Bélgica e o cancelamento da
ajuda para o contingente militar em Kosovo, onde a Otan
mantém uma missão.
Em 1997, sob a diretriz de alinhamento político com os EUA
empreendida pelo governo de
Carlos Menem, a Argentina ganhou a condição preferencial
de país aliado extra-Otan, designada por Washington. Na
época, o então presidente Bill
Clinton afirmou que era "um
reconhecimento à extraordinária contribuição do país para a
manutenção da paz".
Agora, Kirchner toma o caminho contrário, remanejando
as representações militares pelo mundo (países como Coréia
do Sul e Índia devem estar entre os novos destinos) e restringindo a atuação de soldados nas
forças de paz da ONU. A Argentina atua hoje em missões de
paz da ONU no Haiti, junto
com o Brasil, e no Chipre.
O governo confirmou as alterações, mas não se pronunciou
oficialmente sobre o rompimento formal da aliança com a
Otan. Na prática, as medidas
envolvem a retirada de todos os
pontos de contato.
A contribuição argentina em
Kosovo, que será retirada no
início de março, existe desde
1999. Representa hoje entre 40
e 50 homens e é considerada
por analistas como sendo mais
"simbólica" do que efetiva.
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