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Prada, Ritz e Armani lideram renascimento
DE NOVA YORK
Uns chamam de patriotismo. Outros chamam de puro oportunismo econômico.
O fato é que, passados os primeiros meses, quando várias lojas fecharam e muitas
empresas anunciaram que
estavam deixando a Baixa
Manhattan, o comércio volta a sorrir na região. Alguns
dos nomes que abriram
pontos novos nas últimas semanas: Prada, Ritz-Carlton e
Armani.
Indagados, todos (mesmo
os que já planejavam abrir
antes do ataque terrorista)
dizem que estão respondendo aos apelos que as autoridades locais, estaduais e federais vêm fazendo desde o
dia 12 de setembro para que
as empresas não abandonem Nova York no momento em que a cidade mais precisa de dinheiro e negócios.
A primeira a levantar as
portas foi a maior, mais luxuosa e pretensiosa de todas
as lojas Prada do mundo, no
SoHo. Fica onde até então se
localizava a sede sul do Museu Guggenheim, e esta é só
a primeira ironia. O local se
pretende uma galeria de arte
que, em vez de quadros, vende roupas.
O projeto saiu das pranchetas do arquiteto-celebridade Rem Koolhass, custou
US$ 40 milhões, ocupa um
espaço de 2.300 m2 e se pretende "um epicentro de novas formas de interação com
o público".
Na vizinhança, o estilista
japonês Issey Miyake abriu
sua filial em TriBeCa, ao lado
do restaurante japonês de
Robert de Niro, o Nobu. A
novidade é que as clientes
podem cortar suas roupas
na hora. É a mesma região
em que o italiano Giorgio
Armani escolheu para inaugurar a segunda loja Armani
Casa do mundo (até então,
seu único ponto-de-venda
de móveis e objetos de decoração ficava junto à sede, em
Milão). Não muito longe dali, a rede de hotéis de luxo
Ritz-Carlton estreou seu
mais novo endereço, em plena região de Wall Street, famosa pela escassez de hospedagem.
O hotel ocupa os últimos
14 andares de um prédio de
39 andares de condomínios
de luxo e oferece como atração extra telescópios instalados em todos os seus 300
quartos: de 65% deles é possível ver a Estátua da Liberdade.
Não só. Entre suas extravagâncias está o único somellier de águas da cidade, que
indica a mais apropriada entre quatro dezenas de tipos
para acompanhar a refeição
e o estado de espírito do hóspede. As diárias começam
em US$ 345 e chegam a US$
600.
(SD)
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