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HAITI
África endossa versão de golpe
França também rebate acusações de Aristide
DA REDAÇÃO
A França respondeu ontem ao
ex-presidente haitiano Jean-Bertrand Aristide, que acusou Paris
de ser conivente com seu suposto
seqüestro por tropas dos EUA para levá-lo ao exílio. "A legalidade
constitucional foi respeitada.
Aristide renunciou e sua carta de
renúncia foi registrada", disse
Hervé Ladsous, porta-voz da
Chancelaria francesa.
Desde o início da rebelião haitiana, em 5 de fevereiro, França e
EUA recebem críticas internacionais por não agir para evitar a crise. Segundo o secretário de Estado americano, Colin Powell, a
França convenceu a República
Centro-Africana a receber Aristide, levado ao país no último dia 29
por um avião militar dos EUA.
A União Africana (UA) qualificou a saída de Aristide como "inconstitucional" e "um precedente
perigoso para a democracia no
mundo". Após encontro de Aristide com o presidente da UA, Alpha Oumar Konare, a organização, que reúne 53 países do continente, endossou o pedido da Caricom (Comunidade do Caribe)
para a ONU investigar as circunstâncias da renúncia de Aristide.
Também ontem, o "Conselho
de Sábios" escolheu o advogado e
economista Gerard Latortue, 69,
para ocupar o posto de premiê.
Ex-funcionário da ONU, Latortue
deve formar até sábado o governo
provisório que comandará o país
até a eleição presidencial.
Força brasileira
O Chile, que participa da tropa
multinacional no Haiti, comprometeu-se a dar ao governo brasileiro informações sobre a situação
no país. O Brasil deverá enviar
soldados apenas numa segunda
etapa, dentro de 90 dias.
O Brasil dispõe de 1.100 soldados que podem ser enviados para
o Haiti. Segundo o ministro José
Viegas (Defesa), o tamanho da
tropa brasileira pode mudar, conforme as necessidades da ONU.
Com agências internacionais
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