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Techint pede a Caracas solução "construtiva"
ADRIANA KÜCHLER
DE BUENOS AIRES
Diante da notícia de que o
governo venezuelano irá
reestatizar a Sidor, o presidente do grupo ítalo-argentino Techint, Paolo Rocca, dono de 60% do capital da siderúrgica, enviou ontem uma
carta a Hugo Chávez pedindo uma "solução construtiva" para o caso.
"Peço sua intervenção para encontrar uma solução
construtiva para nossos países e para a empresa", escreveu Rocca na carta dirigida
ao "tenente coronel Hugo
Chávez". Rocca anunciou
que a siderúrgica ofereceria
aumentos salariais de 130% e
destacou que a presença da
empresa na Venezuela "reforça os laços do Mercosul".
À noite, a empresa emitiu
novo comunicado para dizer
que não havia recebido "nenhuma notificação formal"
sobre a nacionalização e que
esperava uma oportunidade
para conversar com as autoridades venezuelanas.
Gerentes do grupo, visto
como próximo ao governo
argentino, teriam ligado para
a presidente Cristina Kirchner para pedir que interviesse no caso. A Casa Rosada
não se pronunciou.
O vice-presidente venezuelano, Ramón Carrizales,
afirmou que a relação entre
Venezuela e Argentina, constantes parceiros comerciais e
políticos, não se abalaria.
Em maio de 2007, o ex-presidente Néstor Kirchner
(2003-2007) já havia intercedido para evitar a estatização da Sidor, mesmo com o
grupo Techint sob suspeita
de envolvimento no escândalo Skanska sobre o pagamento de propina na licitação de um gasoduto.
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