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TERRORISMO
EUA e França investigam ligação com Al Qaeda
Paquistão prende centenas após atentado que matou 11 franceses
DA REDAÇÃO
Centenas de militantes islâmicos do Paquistão foram detidos,
numa tentativa do governo local
de agir contra o terrorismo internacional, após o atentado a bomba em frente a um hotel em Karachi (sul) que matou 11 franceses e
três paquistaneses, anteontem.
A ministra da Defesa da França,
Michèle Alliot-Marie, visitou ontem o local do atentado e uma dezena de cidadãos franceses feridos. Ela elogiou o presidente do
Paquistão, Pervez Musharraf, por
sua "corajosa escolha" de aderir à
ação liderada pelos EUA contra o
terrorismo após 11 de setembro.
"Temos de combater o terrorismo até eliminá-lo", disse.
Um porta-voz do governo francês disse que o atentado visava
"claramente prejudicar um membro poderoso da coalizão liderada
pelos EUA, como a França".
Investigadores franceses e americanos procuram ligações do
atentado com a rede terrorista Al
Qaeda, cujo líder, o saudita Osama bin Laden, admitiu em vídeo a
responsabilidade sobre os atentados de 11 de setembro nos EUA.
Muitos militantes islâmicos no
Paquistão têm ligações com a Al
Qaeda. Eles prometeram vingança após Musharraf ter banido cinco grupos extremistas depois de
ter deixado de apoiar o regime do
Taleban no Afeganistão e aderido
à coalizão liderada pelos EUA.
Musharraf disse que o atentado
foi "uma tentativa de desestabilizar o Paquistão" e "enfraquecer
sua decisão de lutar contra o terrorismo internacional".
Funcionários do Ministério do
Interior disseram que ao menos
298 suspeitos de pertencer aos
grupos ilegais foram detidos, em
ofensiva que deve durar vários
dias. Após o banimento dos grupos, anunciado em janeiro por
Musharraf, mais de 2.000 militantes foram detidos e posteriormente libertados. Funcionários do governo disseram que os militantes
soltos na ocasião não estão sendo
presos novamente agora.
Doze franceses feridos no ataque embarcaram ontem de volta à
França em um jato alemão. Os
corpos dos mortos seriam transportados depois, segundo Alliot-Marie. Ela afirmou que a construção de um submarino francês
comprado pela Marinha paquistanesa -no qual os engenheiros
mortos estavam trabalhando- continuará apesar do ataque.
Com agências internacionais
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