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TERROR
Bombas explodiram ontem perto da divisa com a Província da Tchetchênia
Atentados matam sete na Rússia
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Sete pessoas morreram ontem
em consequência de dois atentados a bomba no sul da Rússia. Os
atentados ocorreram perto da
Província separatista da Tchetchênia, suscitando temores de
que os rebeldes estariam levando
a guerrilha para além das fronteiras da região.
Segundo a agência de notícias
russa "Itar-Tass", cinco pessoas
morreram e 17 ficaram feridas em
um atentado no mercado central
de Vladikavkaz, capital da Ossétia
do Norte, a 50 quilômetros da
fronteira com a Tchetchênia.
As imagens veiculadas pela TV
estatal RTR logo após a explosão
mostram um carro danificado e o
chão manchado de sangue, coberto com vários objetos, entre eles
um sapato.
Segundo a TV, a bomba estaria
escondida em uma bolsa deixada
debaixo de um carro. As cinco
mortes teriam decorrido dos estilhaços das bombas.
Em outro atentado a bomba,
duas pessoas morreram em uma
loja na cidade de Rostov. Segundo
fontes oficiais, a explosão ocorreu
quando um funcionário da loja
tentou abrir uma bolsa de plástico
abandonada que ele havia achado
na calçada em frente.
Segundo a rede de TV NTV, os
próprios moradores de Rostov estão associando o atentado aos rebeldes tchetchenos.
Rostov é a base eleitoral de Victor Kazantsev, indicado recentemente como representante do
presidente Vladimir Putin no
Cáucaso do Norte -que inclui a
Tchetchênia e Ossétia do Norte.
Reveses russos
Os dois atentados acontecem
uma semana após uma série de
ataques rebeldes a alvos russos na
Tchetchênia. No último domingo, um ataque suicida com um caminhão-bomba deixado no quartel da polícia em Argun, próximo
à capital da Tchetchênia, Grozni,
provocou 33 mortes.
Os últimos reveses do Exército
russo na Tchetchênia levantam
dúvidas sobre a situação na Província. A Rússia chegou a dar a
guerra como ganha, no início do
ano, mas Putin reconheceu, na semana passada, que seu fim pode
estar mais longe que o esperado.
A guerra na Tchetchênia foi o
principal fator que elevou a popularidade de Putin e garantiu sua
eleição à Presidência russa, em
março. Putin, um ex-oficial da
KGB (o serviço secreto da era soviética), comandou, como premiê, o início da ofensiva contra os
separatistas da Tchetchênia, em
setembro do ano passado.
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