|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
KOSOVO
Força de paz apura denúncia de kosovares albaneses de vala comum, que seria a maior até agora
ONU investiga possível massacre de 350
das agências internacionais
A força de paz internacional de
Kosovo investiga a existência de
uma vala comum que pode conter mais de 350 corpos de kosovares de origem albanesa perto da
vila de Ljubenic, no oeste da Província. Os militares suspeitam
que a cova seja resultado de um
massacre praticado por forças
paramilitares iugoslavas.
O local foi isolado para que
membros do tribunal criminal da
ONU para a ex-Iugoslávia e militares italianos comecem investigações mais detalhadas.
"Há realmente relatos de que
nesse local estejam cerca de 350
corpos. Mas, por enquanto, são
apenas relatos", afirmou o porta-voz das forças de paz, Jan Joosten.
Confirmada sua existência, seria a maior concentração de corpos já encontrada em uma vala
comum na Província desde que
as forças de paz entraram em Kosovo, em 12 de junho.
Habitantes da região disseram a
jornalistas internacionais que paramilitares iugoslavos iniciaram
massacres na vila no dia 1º de
abril. Quem tentava fugir era perseguido pelas montanhas.
Maxhun Ymeri, 57, disse que
sobreviveu ao assassinato de um
grupo de homens que fora separado de suas famílias. Mesmo ferido, ele teria conseguido chegar a
Montenegro, República que, com
a Sérvia, forma a Iugoslávia.
Segundo Ymeri, vários corpos
ainda poderiam ser achados nas
montanhas, onde os que fugiram
dos massacres teriam sido perseguidos pelos paramilitares.
O tribunal da ONU listou seis
valas comuns de Kosovo no indiciamento do presidente Slobodan
Milosevic e de quatro altas autoridades iugoslavas por crimes
contra a humanidade.
Protestos
O líder da oposição e chefe do
Partido Democrático, Zoran
Djindjic, afirmou que pretende
organizar protestos contra o presidente Milosevic nas maiores cidades da Sérvia "todo dia, nos
próximos 15 a 20 dias".
"Em meados de agosto deveremos promover o maior protesto
de todos, em Belgrado."
Texto Anterior: Diplomacia da paz: "Estado palestino já existe", diz Barak, novo premiê de Israel Próximo Texto: Direitos humanos: Peru deixa de reconhecer Corte da OEA Índice
|